Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Vol. 2, No 2 (2007)

 

Is Greenberg’s “Macro-Carib” viable?
É viável a hipótese “Macro-Carib” de Greenberg?

 

Abstract: In his landmark work Language in the Americas, Greenberg (1987) proposed that Macro-Carib was one of the major low-level stocks of South America, which together with Macro-Panoan and Macro-Ge-Bororo were claimed to comprise the putative Ge-Pano-Carib Phylum. His Macro-Carib includes the isolates Andoke and Kukura, and the Witotoan, Peba-Yaguan, and Cariban families. Greenberg’s primary evidence came from person-marking paradigms in individual languages, plus scattered words from individual languages collected into 79 Macro-Carib ‘etymologies’ and another 64 Amerind ‘etymologies’. The goal of this paper is to re-evaluate Greenberg’s Macro-Carib claim in the light of the much more extensive and reliable language data that has become available largely since 1987. Based on full person-marking paradigms for Proto-Cariban, Yagua, Bora and Andoke, we conclude that Greenberg’s morphological claims are unfounded. For our lexical comparison, we created lexical lists for Proto-Cariban, Proto-Witotoan, Yagua and Andoke, for both Greenberg’s 143 putative etymologies and for the Swadesh 100 list. From both lists, a total of 23 potential cognates were found, but no consonantal correspondences were repeated even once. We conclude that our greatly expanded and improved database does not provide sufficient evidence to convince the skeptic that the Macro-Carib hypothesis is viable.

Resumo: No seu trabalho referencial Language in the Americas, Greenberg (1987) propôs que Macro-Carib seria um dos troncos lingüísticos importantes da América do Sul, o qual combinaria com os troncos Macro-Pano e Macro-Ge-Bororo para formar o suposto filo Ge-Pano-Carib. Seu Macro-Carib inclui as línguas isoladas Andoke e Kukura e as famílias Witoto, Peba-Yagua e Caribe. A principal evidência de Greenberg veio de paradigmas de marcação de pessoa em línguas individuais e também de palavras de línguas individuais coletadas em 79 ‘etimologias’ de Macro-Carib, e mais 64 ‘etimologias’ de Ameríndio. A meta deste artigo é reavaliar a proposta Macro-Carib de Greenberg à luz dos dados lingüísticos mais extensivos e confiáveis que se tornaram disponíveis em grande parte a partir de 1987. Baseados em paradigmas pessoais completos de Proto-Caribe, Yagua, Bora e Andoke, concluímos que as afirmações de Greenberg sobre morfologia não podem ser sustentadas. Para nossa comparação lexical, criamos listas lexicais para Proto-Caribe, Proto-Witoto, Yagua e Andoke, tanto para as 143 etimologias criadas por Greenberg quanto para a lista de 100 palavras de Swadesh. No total, encontramos 23 cognatos potenciais das duas listas. Contudo, nenhuma correspondência consonantal foi repetida. Concluímos que nosso banco de dados expandido e aperfeiçoado não fornece evidência suficiente para convencer o cético de que a hipótese Macro-Carib seja viável.