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Agência de Notícias

122 anos do Zoobotânico – As Palmeiras são tema de trilha e projeto multimídia

Nesta sexta-feira (25) os visitantes do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi são convidados a participar de uma trilha e conhecer as espécies mais importantes da maior coleção de palmeiras de Belém. A coleção de palmeiras vivas do Museu, composta por mais de 60 espécies, é o assunto do último episódio da série “As Anciãs do Museu Goeldi”, que desde o ano passado apresenta plantas históricas do Parque, que completou 122 anos em agosto.
publicado: 24/08/2017 13h15, última modificação: 20/11/2017 11h33

Agência Museu Goeldi – Quem visitar o Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi na manhã desta sexta-feira (25) terá a oportunidade de percorrer uma trilha pela coleção que reúne o maior acervo vivo de palmeiras de Belém. Curiosidades sobre algumas das mais de 60 espécies em exposição também estarão disponíveis em formato multimídia com o lançamento do último episódio da terceira série do projeto Viva Amazônia – As Anciãs do Museu Goeldi. As programações fazem parte da agenda alusiva aos 122 anos de fundação do parque.

O passeio pelo conjunto de dez palmeiras começa às 9h e os participantes serão conduzidos até espécies como o açaí, o buriti e o babaçu. A iniciativa é um estímulo para que se conheça um pouco mais sobre a importância das palmeiras para o meio ambiente e o homem da Amazônia.

Com o mesmo caráter educativo proposto pela trilha, o projeto Viva Amazônia oferece a possibilidade de se conhecer a flora do parque por meio da série “As anciãs do Museu Goeldi”, que já proporcionou um mergulho na história, pesquisas e manejo de espécies históricas do Zoobotânico, como a vitória-régia, seringueira, samaumeira, guajará e castanheira. As palmeiras são o tema abordado em notícia, vídeo e ilustrações da artista Lívia Prestes para wallpaper de telas de celulares, tablets e computadores. Tudo ficará disponível no portal e mídias sociais do Museu.

Parque - O Parque Zoobotânico do Museu Goeldi está situado no centro urbano de Belém, com uma área de 5,4 hectares. Foi fundado em 1895, sendo o mais antigo do Brasil no seu gênero. O parque abriga exposições e uma significativa mostra da fauna e flora amazônicas. Recebe anualmente mais de 300 mil visitantes, e está aberto ao público de quarta-feira a domingo, das 9h às 17h. O ingresso custa R$3,00, oferece gratuidade para crianças até 10 anos e pessoas com mais de 60 anos.

Criado em 1895 pelo zoólogo suíço Emílio Goeldi, em colaboração com o naturalista Jacques Huber (grande autoridade na flora amazônica), para ser a sede do então Museu Paraense (existente desde 1866), e também funcionar como uma sala de aula, onde o público entra em contato com o trabalho de investigação científica da instituição.

O Museu Paraense conquista a atenção do público apresentando o universo amazônico – objeto das pesquisas científicas – assinalando detalhes sobre animais, plantas e coleções científicas. À época de Goeldi e Huber, isso era feito em meio a um paisagismo de feições europeias (ver galeria de imagens). Os ideais de civilização e modernidade estavam em sintonia com o momento histórico, quando Belém vivia a Belle Époque Amazônica.

Por meio de desapropriações sucessivas, da década de 1930 em diante, a área do Zoobotânico foi se expandindo. O ponto de partida para essa expansão foi o prédio da “Rocinha”, hoje conhecido como o pavilhão de exposições Domingos Soares Ferreira Penna, que ficava situado na área rural da cidade de Belém (PA). A Rocinha do Museu Goeldi guarda os traços arquitetônicos clássicos das antigas casas de campo típicas das elites da época, sendo a única aberta à visitação pública.

Hoje, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi abriga cerca de 500 espécies de plantas, entre ervas, cipó, arbustos e árvores de grande porte no parque, representadas por aproximadamente dois mil indivíduos arbóreos e arbustivos. A fauna está composta por cerca de 80 espécies de aves, mamíferos, quelônios e répteis. E o paisagismo de hoje procura apresentar as feições das áreas de florestas de terra firme e inundadas. Uma área plantada, que apresenta um caso bem sucedido de restauração florestal no centro da capital paraense. No Parque do Museu Goeldi, o visitante pode acompanhar os fenômenos naturais de acordo com as estações do ano. No mês de      agosto é possível ver a queda de folhagens, a floração de espécies botânicas, a postura de ovos das tartarugas da Amazônia.  E, talvez, se tudo der certo na reprodução e gestação, conhecer em breve os filhotes de ariranhas e gavião real.

Para garantir a integridade do Parque Zoobotânico, da fauna, flora e de seu patrimônio histórico, o Museu Goeldi conta com seu público. “A instituição, em breve, vai disponibilizar no Portal uma nova aba direcionada aos responsáveis que acompanham crianças ou adolescentes algumas ferramentas educativas, sugerindo modos de como vivenciar uma visita lúdica, educativa e respeitosa com bichos, plantas e patrimônio histórico presentes no Parque. Um passeio no Parque Zoobotânico, por exemplo, deve considerar que os animais estão fora de seu ambiente natural, e, antes de chegar ao Museu, já passaram por situações de sofrimento. Pedimos a compreensão que a manutenção da saúde de plantas e animais é também responsabilidade do visitante. Orientamos para não alimentar, nem estressar com gritos, palmas e cutucadas, ou machucar com arremessos de objetos e rabiscos em árvores. Olhe, aprecie a beleza, aprenda com a diversidade, encontre as raízes amazônicas. Esta é nossa riqueza”, explica Maria Emília Sales, coordenadora de Comunicação e Extensão do Museu Goeldi.

O Parque Zoobotânico permanece como referência turística na capital paraense - e também em educação ambiental e científica, elementos chave para um futuro positivo para a Amazônia.