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Agência de Notícias

Amazônia Maranhense: mosaico do Gurupi em debate

Território entre Pará e Maranhão abriga unidade de proteção ambiental, terras indígenas e vive sob constante tensão social.
publicado: 19/03/2018 16h45, última modificação: 26/03/2018 15h24

Agência Museu Goeldi – O Mosaico do Gurupi, rio que divide a porção norte dos estados do Pará e Maranhão, é um amplo território formado por áreas protegidas (unidade de conservação e terras indígenas, localizadas no Centro de Endemismo Belém – AEB). Para fomentar a construção e a organização das áreas protegidas na Amazônia Maranhense, será realizada a 3ª Oficina de Nivelamento e Mobilização para a Gestão Integrada do Mosaico Gurupi. O evento ocorrerá entre os dias 20 e 23 de março, no município de Santa Inês (MA) e a programação você confere clicando aqui.

Nesta terceira oficina, será composto o conselho do Mosaico, terceiro passo para a formalização do mesmo. Nas oficinas anteriores, o foco era a mobilização e a decisão sobre o que integra o Mosaico, além de definir as bases do plano de trabalho, que será consolidado no evento que inicia amanhã.

Mosaico do Gurupi – Esta área que já incorpora a Reserva Biológica do Gurupi - ReBio do Gurupi e mais seis terras indígenas (no Pará, Alto Rio Guamá, e no Maranhão temos o Alto Turiaçu, AWA, Caru, Pindaré e Arariboia) também passará a abrigar as etnias Tembé, Awa-guajá, Guajajara e K´aapor. As comunidades e o ambiente do Vale do Gurupi são pressionados por diversas frentes de exploração dos recursos naturais, onde se destaca como ameaça constante a extração ilegal de madeira.

O Conselho do Mosaico entende que a gestão integrada da região é a única alternativa para a garantia de preservação dessa porção importante de remanescente florestais da Área de Endemismo Belém.  

MPEG no Gurupi - O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) é um dos principais articuladores do Mosaico do Gurupi. Em parceria com a gestão da ReBio Gurupi desde 2004, o Museu Goeldi tem atuado no fortalecimento da unidade de conservação (UC) fornecendo dados de pesquisas realizadas na região e participando diretamente no conselho da ReBio desde a criação do Mosaico, em 2014.

Juntamente com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Museu Goeldi coordena a ação que estabelece a avaliação da importância biológica da ReBio, além de atuar com projetos de pesquisa em parceria com os indígenas das etnias Awa e K´aapor, há cerca de 20 e 10 anos, respectivamente. Saiba mais sobre o Gurupi no livro “Amazônia Maranhense: Diversidade e Conservação” em https://issuu.com/museu-goeldi/docs/amazonia_maranhense

Áreas de Endemismo – São regiões que concentram um conjunto único de espécies e que apresentam alta riqueza. São unidades naturais utilizadas para o planejamento da conservação. Na Amazônia são reconhecidas 8 áreas de endemismo: Guiana, Imeri, Napo, Inambari, Rondônia, Tapajós, Xingu e Belém. O Museu Goeldi e seus parceiros, especialmente dos projetos Rede GEOMA e INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, vêm produzindo diagnósticos das áreas de endemismo da Amazônia.

Conheça os “Cenários para a Amazônia da Área de Endemismo Belém” clicando em https://issuu.com/museu-goeldi/docs/sum__rio_executivo_aeb_05032015

Serviço:

III Oficina de Nivelamento e Mobilização para a Gestão Integrada do Mosaico Gurupi

Data: 20, 21 e 22 de março de 2018.

Local: Hotel Socic, Santa Inês, Maranhão