Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Ciência desvenda os caminhos do Homem na Amazônia
conteúdo

Agência de Notícias

Ciência desvenda os caminhos do Homem na Amazônia

Com o tema “Pegadas do Homem na Amazônia”, evento no Museu Goeldi apresentou resultados do trabalho de pesquisadores bolsistas da instituição, em áreas tão diversas quanto arqueologia, botânica, zoologia e direito.
publicado: 18/09/2017 11h30, última modificação: 17/11/2017 15h17

Agência Museu Goeldi – Em meio à expectativa de reversão do contingenciamento orçamentário que afeta a atuação do Museu Goeldi, a instituição promoveu o VII Seminário de seu Programa de Capacitação Institucional (PCI) entre 11 e 14 de setembro. Acesse o livro de resumos e a programação do evento.

Com o tema “Pegadas do Homem na Amazônia”, foram apresentados 60 trabalhos científicos, em sessões orais e de pôsteres, que celebram os esforços do Museu Goeldi para promover pesquisas, incursões a campo e formação de coleções científicas nas áreas das Ciências Naturais, Humanas e da Terra. São 151 anos de trabalhos que desvendam a natureza amazônica e a ocupação humana na região – que remonta há 11 mil anos.

Durante a abertura do evento, na segunda (11) a coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação do Museu Goeldi e coordenadora geral do PCI- MCTIC/MPEG, Ana Vilacy Galucio, destacou a importância da contribuição dos bolsistas PCI para o cumprimento da missão do Museu Goeldi e a evolução do programa na instituição nos últimos anos. Em 2016, os bolsistas PCI responderam por 21,73% do índice IPUB que corresponde a artigos publicados em revistas com Qualis B1 e A e é o indicador de maior peso no Termo de Compromisso e Gestão assinado entre o MPEG e o MCTIC.

“Foi uma decisão acertada da equipe de gestão do PCI no Museu Goeldi de fazer uma seleção pública aberta nacional e internacionalmente para bolsistas. Isso nos trouxe candidatos com perfil muito bom, muito produtivos. Outra decisão foi priorizar bolsistas doutores, pois como geralmente possuem vários projetos já em andamento, eles conseguem alavancar suas pesquisas muito mais rapidamente. O retorno para a instituição foi muito bom”, afirma Ana Vilacy.

De acordo com a coordenadora, parte dessa produtividade pode ser vista nas publicações de autoria dos bolsistas: entre 2016 e 2017, os bolsistas PCI publicaram 122 artigos científicos e outros 77 já estão aceitos ou submetidos a periódicos. Também foram publicados 17 capítulos de livros no mesmo período e outros 22 já foram submetidos para serem publicados. Além das publicações, as pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas também envolvem processos e produtos com potencial para serem transferidos para indústrias e aplicados em políticas públicas. Muitos trabalhos oferecem indicações para as áreas estratégicas do Museu Goeldi, em temas que vão desde a inovação tecnológica até a conservação de coleções e a comunicação da ciência.

Novidades e diferenças - Os bolsistas PCI do biênio 2015-2017 apresentaram pesquisas em quatro subtemas: “Redescobrindo coleções no Museu Goeldi”, “Ciência e Sociedade”, “Teorias Classificatórias na Ciência” e “Padrões, Processos ambientais e evolutivos”, num exercício onde a interdisciplinaridade foi a marca.

Uma novidade foi a inclusão de modalidades distintas de apresentação de trabalhos no evento. Em paralelo ao tradicional Seminário, foi introduzido o formato de Simpósios sobre temas específicos. Neste formato, especialistas de diferentes áreas discutem temas em comum, a partir de dados científicos reunidos em seus respectivos trabalhos. Outra novidade foi o formato mais aberto de apresentações e avaliações dos trabalhos no Seminário. Nesta edição do Seminário PCI não houve uma banca avaliadora dos trabalhos apresentados e cada sessão contou com mediadores designados e as discussões foram abertas para a participação do público.

Capacitação - Criado há 17 anos no âmbito do atual Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Programa de Capacitação Institucional permite o intercâmbio e a qualificação de especialistas e possibilita que o acervo científico da instituição seja fonte para novos conhecimentos, por meio da concessão de bolsas a pesquisadores formados em instituições nacionais e internacionais.

Texto: Uriel Pinho, Erika Morhy e Phillippe Sendas