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Comunicação e Antropologia: fronteiras compartilhadas

Pesquisas indicam o silenciamento de fontes dentre as populações tradicionais e uma agenda marcada por temas de interesse oficial
publicado: 06/11/2013 10h45, última modificação: 22/08/2017 13h08

Agência Museu Goeldi - A mídia como universo e a Antropologia em sua capacidade analítico-interpretativa podem caminhar juntas e se complementar na revelação de uma parte do mundo, essa é a visão da jornalista Jimena Felipe Beltrão. Nesta quarta-feira, 6, às 10h30, Jimena será a palestrante da programação Interdiálogos, do Laboratório de Antropologia dos Meios Aquáticos (Lamaq), do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG). Na perspectiva da jornalista e pesquisadora do jornalismo sobre Ciência, os limites e as interseções da Comunicação e da Antropologia são marcados única e exclusivamente pela criatividade investigativa.

“Estudar gente está diretamente relacionado com as possibilidades dos processos comunicativos e enxergar pessoas no ambiente midiático pode ser uma empreitada científica de fôlego e reveladora de estruturas de poder arraigado e de credibilidades forçosas”, diz a Ph.D. em Ciências Sociais que também é analista em ciência e tecnologia, lotada no Serviço de Comunicação Social do Museu Goeldi .

Ao lançar mão dos recursos da análise do discurso no universo do jornal, estudos recentes apontam na direção de uma agenda jornalística de caráter oficial e de fontes que falam por atores, historicamente, excluídos.

Exemplos de estudos realizados no Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) a partir de 2005 indicam, de forma precisa e irrefutável, o quanto populações tradicionais podem ser esquecidas no noticiário. “Os jornais impressos e a mídia eletrônica já se esforçam por ouvir para além dos antropólogos, mas ainda é um movimento tímido”, diz a jornalista.

Um volume, organizado por Jimena, com a coletânea dos trabalhos de pesquisa de um grupo da Comunicação Social do Goeldi - Pesquisa em Comunicação da Ciência na Amazônia Oriental Brasileira: a experiência recente no Museu Paraense Emílio Goeldi - está disponível na Portal do Museu Goeldi

A versão impressa da publicação eletrônica está no prelo com o selo do Núcleo Editorial de Livros do Museu Goeldi.

Serviço: Palestra “Comunicação e Antropologia: fronteiras compartilhadas”, ministrada na programação Interdiálogos, do Laboratório de Antropologia dos Meios Aquáticos –Lamaq, do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), nesta quarta-feira, dia 6 de novembro de 2013, na Coordenação de Ciências Humanas do Museu, à Av. Perimetral, 1901, em Belém.