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Conexão de biodiversidade

Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e outras três instituições visitam o Museu Goeldi para conhecer o processo de informatização de dados que se integram ao Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira – SiBBr
publicado: 03/07/2015 16h30, última modificação: 27/02/2018 11h56

Agência Museu Goeldi - Reunir, em um só lugar, todo tipo de conteúdo científico sobre a biodiversidade brasileira era um sonho distante há algum tempo. Mas, desde 2014, o sonho está se tornando realidade na forma do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira – SiBBr. O projeto de plataforma online é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com instituições científicas como o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Nesta terça-feira (4), quase 1 ano depois do lançamento do sistema, representantes do Ministério e de outras três instituições estarão em Belém para conhecer o processo de informatização dos acervos biológicos do Goeldi.

Existem aproximadamente 4,5 milhões de itens tombados nos acervos do Museu Goeldi, que possui coleções etnográficas, arqueológicas, minerais e fósseis, documentais, de línguas e biológicas. A instituição é detentora de um dos três maiores acervos biológicos do Brasil, sendo sua área de especialidade o bioma amazônico. Desde que integrou o SiBBr, mais de 32 mil dados da instituição foram inseridos no registro virtual, sendo que outros 180 mil já estão prontos para serem disponibilizados à plataforma.

Banco de dados - O pesquisador Cleverson Santos coordena a digitalização dos dados biológicos do Goeldi no SiBBr. O processo é feito com o apoio de 32 bolsistas, que desde março trabalham nas 10 coleções biológicas e suas 50 sub-coleções, organizando e qualificando as informações dos acervos para que elas possam ser inseridas no sistema.

O foco da visita é sobre o acervo entomológico do Goeldi, estimado atualmente em dois milhões de registros de insetos. Fazer a informatização deste material é um grande desafio não só para o Museu Goeldi, mas também para as outras instituições que abrigam o mesmo tipo de coleção. Nesse contexto, foi criado um novo processo de digitalização da informação para este tipo de acervo. Na estruturação do banco de dados, cumpre-se as seguintes etapas: fotografar as etiquetas e digitar esta informação no banco. "Em quatro meses de projeto foram informatizados mais de 23 mil registros, e a meta até o fim do projeto é atingir 100 mil”, disse o coordenador.

Visita - A grandeza e importância do acervo entomológico exigiu maior esforço e, consequentemente, o delineamento de uma estratégia única para tal ação. “Nessa visita, o MCTI e as demais instituições poderão avaliar se o processo de informatização aplicado ao Museu Goeldi pode servir de modelo para seus respectivos acervos ou mesmo ser adotado como padrão do SiBBr”, informa o coordenador Cleverson Santos.

Compõem a comissão de visita ao Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), a coordenadora geral de gestão de ecossistemas do MCTI e diretora do projeto, Dra. Andrea Portela Nunes; Dra. Cátia Mello Patiu do Museu Nacional do Rio de Janeiro; Dr. Márcio Luiz de Oliveira do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; e Arion Túlio Aranda da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 

Texto: João Cunha