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Cooperação em C&T para lidar com grandes desafios da Amazônia

Museu Goeldi e as 10 maiores instituições científicas e de ensino superior no Pará assinaram protocolo pioneiro de cooperação. A ação pretende fortalecer as instituições, aumentar sua capacidade de pesquisa, educação, extensão e contribuição junto aos governos e à sociedade
publicado: 20/06/2017 17h15, última modificação: 15/01/2018 14h54
Exibir carrossel de imagens Alexandre de Moraes Assinatura do protocolo IES

Assinatura do protocolo IES

Agência Museu Goeldi – Na útima terça-feira (13), o Museu Goeldi, Embrapa, Instituto Evandro Chagas e as universidades federais do Pará, Rural da Amazônia, do Oeste do Pará, do Sul e Sudeste do Pará, a Universidade do Estado do Pará, a Universidade da Amazônia, o Centro de Ensino Superior do Pará e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, assinaram um amplo protocolo de cooperação. O documento formaliza interesses conjuntos e dá suporte oficial para iniciativas que envolvam essas universidades, centros e institutos de pesquisa.

Assinatura do protocolo IESDe acordo com o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Jr., a assinatura do protocolo, que inicialmente terá a duração de cinco anos, integrando instituições públicas e particulares, tem importância estratégica para que os signatários planejem ações importantes para o estado do Pará e tenham interlocução qualificada junto a outras instâncias.

A iniciativa estimula projetos conjuntos e intercâmbio entre cursos, faculdades, laboratórios, professores e grupos de pesquisa, e traz vantagens do ponto de vista político. “Um fórum desse porte é capaz de estabelecer uma agenda conjunta e ter mais força para pleiteá-la junto a esferas administrativas”, explica o diretor do Museu Goeldi.

Gabas Jr pontua que as ações integradas almejam também ajudar o governo do estado a definir e implantar uma agenda de Ciência e Tecnologia cada vez mais coesa e convergente, e buscar recursos, por exemplo, junto à órgãos como a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia.

União – “O Pará é o estado com maior infraestrutura de ciência e tecnologia do Norte do país, mas também lidera estatísticas negativas em áreas como a fundiária, urbana, socioambiental... A ciência pode e deve contribuir com soluções para transformar esse quadro”, afirma Gabas.

Do total de 322 cursos de pós graduação reconhecidos na região Norte pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), quase a metade (156) ficam no estado do Pará. As instituições signatárias do protocolo são responsáveis por 154 desses cursos.

O Pará também abriga a maior população estadual da Amazônia e alguns dos piores índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, como é o caso de municípios do Marajó, onde o Museu Goeldi mantém sua Estação Científica para estudos de longa duração sobre a Floresta Amazônica.

Considerando este contexto, Nilson Gabas acentua o interesse do Museu Goeldi em criar um mestrado profissionalizante na área socioambiental, que é de grande importância para o estado, especialmente considerando a megadiversidade biológica e a diversidade cultural da Amazônia.

Atualmente, o Museu Goeldi mantém seis programas de pós-graduação, cinco em parceria com instituições do estado e o mais recente de maneira autônoma.

Visibilidade – Os dirigentes das instituições signatárias do Protocolo de Cooperação destacaram ainda como ação coletiva fundamental abrir espaços dedicados a C&T na mídia comercial, para que a sociedade possa acompanhar as pesquisas e resultados que impactam o cotidiano das populações.

Texto: Uriel Pinho