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Educação, cultura e preservação de memória em debate

Representantes dos Museus de Belém estiveram reunidos para discutir as ações educativas realizadas em espaços não-formais
publicado: 24/05/2013 14h45, última modificação: 13/08/2017 12h23

Agência Museu Goeldi - Fomentar o debate sobre as ações educativas dos museus e proporcionar o acesso da população que reside em bairros periféricos a estes bens culturais. Estes foram os objetivos do Seminário “Museus, Educação e Cidadania”, realizado nesta terça-feira, 21 de maio, das 9h às 12h e das 14h às 17h, no Auditório Paulo Cavalcante, localizado no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi. O evento também fez parte da programação da 11ª Semana de Museus deste ano.

O seminário é uma das etapas finais de avaliação da pesquisa de iniciação científica desenvolvida pela bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica -PIBIC/CNPq - Camila Quadros, sob orientação do Dr. Nelson Sanjad, no Museu Goeldi. A pesquisa apresenta o museu, enquanto instituição, como um agente indutor de Direito Educacional em espaços formais e não formais de ensino e tem como objeto de estudo a comunidade da Terra Firme, bairro da periferia da cidade de Belém.

A abertura do seminário foi realizada pelo Dr. Nelson Sanjad, seguida da Mesa Redonda “Direito à Educação em espaços não formais”, da qual participaram Émina Santos e Alberto Damasceno, ambos da Universidade Federal do Pará e Helena Quadros, educadora do Museu Goeldi. Durante a mesa houve um amplo debate sobre o incentivo de ações educativas realizadas pelos museus, que sejam voltadas para as comunidades residentes em zonas periféricas da cidade, para que estas possam reconhecer estes espaços como um local de acesso à cultura, informação e educação.

No período da tarde, foi realizada a Mesa Redonda “Relatos de Experiência dos museus locais sobre projetos educativos”, onde os representantes dos museus de Belém falaram sobre suas experiências voltadas para o acesso da população à cultura e à educação. Estiveram presentes Luiz Videira, chefe do Serviço de Educação e Extensão do Museu Goeldi; Zenaide de Paiva, Coordenadora de Educação de Extensão do Sistema Integrado de Museus; Vânia Leal, Curadora do Arte Pará; Sara Assis, Representante do Ecomuseu da Amazônia e Eliete Santana, Conselheira e Vice-Presidente do Ponto de Memória da Terra Firme. Na ocasião, foram mencionados os projetos educacionais desenvolvidos por meio dos museus para os seus diversos públicos e suas ações fora de seus espaços físicos.

Ponto de memória - Também foi realizada uma apresentação do Ponto de Memória da Terra Firme, fruto do projeto “O Museu Goeldi leva educação em ciência àcomunidade”, coordenado por Helena Quadros, do Museu Goeldi, e realizado há 30 anos no bairro. Na apresentação, Eliete Santana destacou as ações educativas realizadas em parceria com as instituições, já que o bairro concentra várias instituições de ensino e pesquisa, entre elas o Campus de Pesquisa do Museu Goeldi, Embrapa, Universidade Federal Rural da Amazônia e Universidade Federal do Pará. Durante a apresentação, Santana afirmou que “o objetivo do Ponto de Memória é mostrar o que o bairro da Terra Firme tem de bom e modificar o que tem de ruim”.

 

“Esta é uma discussão muito rica, pois são poucos os órgãos que procuram as comunidades para realizar ações como o Ponto de Memória, por exemplo.

 E muitas pessoas das comunidades não procuram por estas ações por não saberem que elas existem”, afirma João Batista, que também é conselheiro do Ponto de Memória, durante o debate realizado após a mesa.

Para Zenaide de Paiva, do Sistema Integrado de Museus, o encontro trouxe novas discussões e desdobramentos, que permitiram que o museu, enquanto instrumento de acesso à cultura, informação e educação, esteja em pauta.

Para Camila Quadros, organizadora do seminário, a ideia inicial era abordar um pouco da missão dos museus de proporcionar o direito à educação e cultura, tanto em espaços formais quanto em espaços não-formais para que o público presente pensasse criticamente a respeito do assunto e levantasse também outros desdobramentos, possibilitando assim a troca de informações.

Texto: Pauline Protásio