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Estudo sobre ameaças à floresta amazônica recebe Prêmio Capes de Tese 2019

O Doutorado do autor, Vitor Gomes, foi defendido no Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais, realizado em parceria entre UFPA, Museu Goeldi e Embrapa. O Grande Prêmio anunciado na noite desta quinta (12) também ficou na Amazônia, com Carolina Levis, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
publicado: 13/12/2019 10h51, última modificação: 13/12/2019 10h51

Agência Museu Goeldi – O Prêmio Capes de Tese 2019 celebrou, na noite desta quinta (12), em Brasília, os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros no ano passado. Na área de Ciências Ambientais, a tese eleita é de autoria de Vitor Gomes, “Análise dos impactos das mudanças climáticas e do desmatamento sobre a flora arbórea da Amazônia”, sob orientação da ecóloga Ima Vieira, pesquisadora do Museu Goeldi. O Grande Prêmio foi entregue à Carolina Levis, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que defendeu a tese intitulada “Domesticação das Florestas Amazônicas”.

Estas foram as duas únicas condecorações para a região Norte e reafirma a qualidade dos estudos produzidos por instituições científicas na Amazônia, num cenário de grande disparidade: região Sudeste, com 29 agraciados, seguida do Sul (11), Nordeste (4), Centro-Oeste (3) e Norte (2). Das 49 teses premiadas nesta edição, 22 são de autoria de mulheres e 27 homens.

Vitor Gomes integrou o Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), O programa é realizado em parceria entre a Universidade Federal do Pará (UFPA), o Museu Goeldi e a Embrapa. Sua pesquisa revela que o maior bloco de floresta tropical do mundo pode ter metade de sua área reduzida a fragmentos até 2050, com uma perda de 95% da cobertura na porção oriental da região e prejuízo de maior monta sobre o estado Pará. Os resultados foram descritos em artigo publicado recentemente na revista Nature Climate Change, que Vitor assina como primeiro autor, em parceria com outros três especialistas.

Formação – O Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) teve início em 2005. É um curso de natureza interdisciplinar, com intuito de induzir a geração e a consolidação da base científica e tecnológica necessária para a efetiva inserção da dimensão ambiental no processo de desenvolvimento local e regional, tornando-o sustentável dentro de um contexto de mudanças globais.

O Prêmio Capes de Tese também foi criado em 2005, tendo sido entregue pela primeira vez em 2006, a fim de aumentar a visibilidade das ações positivas e indutoras da CAPES na pós-graduação brasileira. A escolha dos trabalhos submetidos ao prêmio leva em conta critérios como a sua originalidade, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e o valor agregado pelo sistema educacional ao candidato.

Edição 2019 - Nesta 14ª edição da iniciativa, houve um recorde de inscrições, com 1140 candidaturas, nas 49 áreas do conhecimento. Os premiados de 2019 foram conhecidos em setembro. Na noite de ontem, além de Carolina Levis foram anunciados outros dois grandes vencedores, Beatriz Schmidt, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e José Holanda da Silva, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Os autores das teses vencedoras de cada uma das 49 áreas de avaliação ganharam uma bolsa para estágio pós-doutoral em instituição nacional por um período de até 12 meses. Seus orientadores receberam R$ 3 mil para participar de eventos acadêmicos.