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Agência de Notícias

Filhotes resgatados recebem cuidados especiais no Museu Emílio Goeldi

Filhotes de ariranha e furão resgatados de situação de risco terão papel muito importante na educação ambiental no Parque Zoobotânico do Goeldi
publicado: 31/12/2014 10h30, última modificação: 03/01/2018 14h20

Atualizado em 06/01/2015 às 16h59

Agência Museu Goeldi – Neste fim de ano o Museu Paraense Emílio Goeldi recebeu filhotes de ariranha e furão que estão recebendo os cuidados necessários dos funcionários do Parque.

As duas Ariranhas que chegaram são fêmeas de dois meses e meio de idade e foram resgatadas na área de construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará. “Supõe-se que os pais tenham abandonado as crias durante a situação de resgate”, explica o coordenador da fauna do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, Antonio Messias. Cada filhote pesa em torno de 3 kg e come aproximadamente 1 kg de peixe por dia. “Nós os alimentamos com peixe e suplementos vitamínicos minerais misturados no leite em pó”, afirma Messias.

Ariranha – Maior espécie da subfamília Lutrinae, as ariranhas são mamíferos diurnos e semi aquáticos. Donas de um metabolismo rápido, podem chegar a 32 kg e medir cerca de 180 centímetros de comprimento, dos quais 65 compõem a cauda. Possuem membranas interdigitais, que auxiliam na natação, e pelagem espessa com textura aveludada e cor escura, exceto na zona da garganta onde apresentam uma mancha branca.

As ariranhas atualmente sofrem com a matança, muitas vezes de pescadores, que as vêem como concorrente na busca pelos peixes, já que é a alimentação base desses animais.

Além das ariranhas, também chegaram ao Parque Zoobotânico, através do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), dois filhotes de Furão. Eles têm 3 meses de idade e foram encontrados em uma das matas da periferia da cidade de Belém, capital paraense. Esses animais em breve ficarão em exposição no Parque do Museu Goeldi. “Tratam-se de animais com um apelo didático muito grande”, diz Messias.

Furão – Apesar de pertencer à mesma família das ariranhas (Mustelidae), o furão é um animal terrestre que, ao invés de possuir as membranas interdigitais, tem garras e também é caracterizado pelo corpo longo e maleável e de altíssimo metabolismo. Carnívoro por natureza, é predador voraz de aves e pequenos mamíferos, entre outros animais. Possui uma taxa metabólica duas vezes maior do que a de um indivíduo do mesmo porte, por isso, também atinge a idade adulta muito rapidamente.

A chegada desses animais é de grande importância para o Museu Goeldi e para a sociedade. Para Antonio Messias os animais “são uma importante ferramenta de educação ambiental, principalmente para as crianças que visitam o parque, para que entendam a importância dos animais no equilíbrio do ecossistema e na sobrevivência do próprio planeta”.

Segundo Messias Costa, no caso das ariranhas, animais que normalmente constituem laços familiares bem firmados, a inserção dos novos filhotes é positiva também para Erê, a ariranha macho que já habita o Parque do Goeldi há algum tempo, havendo a possibilidade de reprodução. Além das ariranhas e dos furões, o Parque Zoobotânico do Goeldi também possui um casal de lontras adultas, sendo que a fêmea também chegou ainda bebê ao Parque.

Com os recém chegados, a família Mustelidae, a qual pertencem todos estes animais, está quase completa. Assim, é possível ver a evolução das espécies que agora fazem parte do Museu Goeldi, da mesma forma que os filhotes de guarás, tartarugas e tracajás que nasceram neste fim de ano.

 

Texto: Lorena do Couto