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Agência de Notícias

Floresta é laboratório natural

Condições ambientais e infra-estrutura auxiliam o desenvolvimento de pesquisas científicas em Caxiuanã
publicado: 19/11/2013 14h45, última modificação: 22/08/2017 13h53

Agência Museu Goeldi - Um excelente ”laboratório natural preservado” ainda pouco explorado cientificamente. Assim define a completude da Floresta Nacional de Caxiuanã para a pesquisa científica, o meteorologista e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Antonio Carlos Lôla da Costa. Para ele, a Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), mantida pelo Museu Paraense Emilio Goeldi no norte do Brasil, tem um papel fundamental e, em 20 anos de existência, gerou vários trabalhos aumentando consideravelmente o conhecimento de diversas frentes de pesquisa nacional e internacional.

“A Estação é um laboratório “ímpar”, que reúne todas as condições científicas e de infraestrutura para o bom desenvolvimento de pesquisas multidisciplinares”, reitera o pesquisador. Um dos principais benefícios da Estação e da Floresta Nacional reside nas “condições ambientais ideais para o desenvolvimento das pesquisas, tanto no aspecto científico, como de logística e infraestrutura”, destaca Lôla da Costa.

Ainda segundo o pesquisador, ao longo de duas décadas, foram muitos os acordos de cooperação firmados entre diferentes instituições de pesquisas nacionais e internacionais. O resultado foi a disponibilização de uma estrutura de pesquisa operacional fantástica, disponível a toda a comunidade científica que nela pretenda desenvolver seus trabalhos.

Uma simulação do “El Niño” - O principal projeto coordenado por Lôla da Costa em Caxiuanã é o Estudo da Seca da Floresta (Esecaflor), que tem como objetivo “entender as reações da floresta se submetida a condições de estresse hídrico prolongado”. Segundo Lôla da Costa, trata-se de algo semelhante a uma simulação do efeito “El Niño”. O Esecaflor compõe o Programa LBA (Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia).

Cooperação científica se traduz em resultados os mais diversos. De trabalhos publicados à qualificação de recursos humanos especializados, o Esecaflor já produziu mais de uma centena de resultados entre artigos, capítulos de livro, dissertações, teses e trabalhos de conclusão de cursos. Mais precisamente 137 trabalhos científicos resultaram, desde 2001, da cooperação.

Uma simulação do “El Niño” - O principal projeto coordenado por Lôla da Costa em Caxiuanã é o Estudo da Seca da Floresta (Esecaflor), que tem como objetivo “entender as reações da floresta se submetida a condições de estresse hídrico prolongado”. Segundo Lôla da Costa, trata-se de algo semelhante a uma simulação do efeito “El Niño”. O Esecaflor compõe o Programa LBA (Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia).

Cooperação científica se traduz em resultados os mais diversos. De trabalhos publicados à qualificação de recursos humanos especializados, o Esecaflor já produziu mais de uma centena de resultados entre artigos, capítulos de livro, dissertações, teses e trabalhos de conclusão de cursos. Mais precisamente 137 trabalhos científicos resultaram, desde 2001, da cooperação.

Habilidade e inventiva na Amazônia - Lola 's tower é brincadeira séria. O nome divertido alude a um instrumento fruto da criatividade, inventidade, mas, sobretudo da habilidade deste pesquisador de clima. Antonio Carlos Lola da Costa, docente da Universidade Federal do Pará (UFPA) e parceiro científico do Museu Paraense Emilio Goeldi, há 20 anos, é também construtor do que podemos dizer, a base de suas investigações na Floresta Nacional de Caxiuanã.

Por razões de segurança e de custo, Lola decidiu tomar pra si a tarefa de produzir um dos principais itens da infra-estrutura cientifica necessária às investigações que desenvolve com colegas e estudantes. Uma torre de 42 metros está hoje disponível para a pesquisa de fenômenos micrometeorológicos e climáticos. É nessa estrutura que se fazem as principais medições relativas aos estudos meteorológicos realizados nessa porção amazônica, onde o Museu Goeldi estabeleceu há 20 anos uma base de pesquisas, a Estação Científica “Ferreira Penna”.

Engenho e amizade- Construída na metalúrgica de um amigo do município de Breves, a estrutura da torre mescla metais e tem base em ferro galvanizado, e foi também instalada pelo professor da Universidade Federal do Para (UFPA). Habilidade e inventiva levaram o professor Lola a vender uma torre semelhante para pesquisadores envolvidos em projeto de parceria entre a Nasa e a Universidade de São Paulo, que,  desde o ano de 2003 desenvolvem pesquisas climáticas e de fluxos de carbono na ilha do Bananal, no Estado do Tocantins.

A torre de 42 metros é testada a cada investida científica para colocação de equipamentos e tomada das medições feitas pelos diversos instrumentos instalados na torre pelo professor Lola e sua equipe. Em matéria de torres micrometeorológicas, Lola já implantou “mais de dez pelos diferentes ecossistemas da região, em contribuição para a melhoria do conhecimento científico neste ´continente amazônico´, conta o professor. 

Atração de uma das trilhas mais próximas da base de pesquisas do Goeldi, a torre suporta carga simultânea de até 500 kg, e se constitui em autêntico ponto de observação da amplidão da  Floresta Nacional de Caxiuanã, a partir da Estação Científica Ferreira Penna, localizada no município de Melgaço, no Pará.

Texto: Jimena Felipe Beltrao

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