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Garça-branca-grande, uma ilustre visitante - Série Viva a Fauna Livre
Agência Museu Goeldi – Em continuidade a série de reportagens temáticas “Viva a Fauna Livre” do Museu Paraense Emílio Goeldi- MPEG, apresentamos os costumes e características de uma ave muito elegante que é visita diária do Zoobotânico do Goeldi. Garbosa e com postura de majestade, a garça-branca-grande (Ardea alba) é uma das sete espécies de aves que circulam e se alimentam livremente no Parque Zoobotânico. Além da garça, o PZB abriga as seguintes espécies da avifauna livre: guará (Eudocimus ruber), marreca- irerê (Dendrosygna viduata), marreca-cabocla (Dendrosygna autumnalis), arara piranga (Ara macao), arara vermelha (Ara chloroptera), papagaio-do-mangue (Amazona amazonica).
Pertencente à família Ardeidae, a garça-branca-grande ocorre com mais frequência na América do Norte e no Brasil. Vive às margens de lagos, rios e áreas alagadas. Em Belém, costumam ser vistas na Praça Batista Campos, no Mangal das Garças, no mercado Ver-o-Peso e no Parque do Goeldi.
No Museu Goeldi, a bióloga Thatiana Figueiredo explica que existem dois lugares onde as garças recebem comida: o recinto dos cauauãs e o lago do tambaqui. Na dieta da garça-branca-grande estão inclusos peixes, anfíbios e invertebrados. Para capturá-los n’água, as garças ficam imóveis esperando o melhor momento para atacar suas presas.
Fisionomia – A garça-branca-grande é semelhante à garça-branca-pequena (Egretta thula), por isso são bastante confundidas umas com as outras, no entanto são espécies se diferenciam pela coloração. A garça-branca-pequena tem a ponta do bico e as pernas mais escuras, e a base do bico e os pés amarelados. Devido às semelhanças, algumas pessoas acreditam que a garça-branca-pequena é o filhote da garça-branca-grande.
A garça-branca-grande mede aproximadamente 90 centímetros, pode pesar até 1 quilo e meio, tem pescoço e pernas longos. Os dedos e as pernas são pretos e o bico amarelado, assim como a íris ocular. Sua plumagem é toda branca e apresenta grandes egretas (penas diferenciadas que se formam no dorso da ave em período reprodutivo).
Reprodução – É durante o ritual de acasalamento que os indivíduos de ambos os sexos exibem as egretas. Cada fêmea bota em média 5 ovos por ninhada e seus ninhos são construídos com gravetos sobre arbustos, árvores e em ninhais onde as aves aquáticas procriam.
Curiosidade – As aves egretas têm valor comercial e no passado suas penas eram bastante usadas como adornos em roupas e chapéus. Por conta disso, as aves foram por muitos anos alvos de comerciantes, sendo mortas em tempo de reprodução. Atualmente esta prática é quase inexistente e as garças podem se reproduzir normalmente.
Visitar o Parque Zoobotânico do MPEG é uma boa oportunidade para conhecer melhor a espécie. O PZB recebe visitantes de terça-feira a domingo, de 9h às 17h.
Promoção - Quer ter uma miniatura em papel do garça-branca-grande? Baixe seu personagem clicando aqui, imprima e aprenda como montar no vídeo tutorial ou em nosso canal no YouTube. Depois, imprima e monte. Dê um nome à sua garça, faça uma foto e compartilhe nas mídias sociais usando a hashtag #VivaAFaunaLivre. O autor da foto mais criativa ganhará um prêmio surpresa e um par de ingressos para conhecer a fauna livre do Parque Zoobotânico. Participe!
Texto: Mayara Maciel e Diego Santos
Ilustração da miniatura: Lívia Prestes