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Agência de Notícias

Inovação ainda precisa avançar

Secretário do Ministério da Ciência, Álvaro Prata, avalia que a área da inovação precisa melhorar, pois a maior dificuldade é o distanciamento entre o mundo científico e o mundo industrial
publicado: 08/10/2013 11h45, última modificação: 18/08/2017 11h45

Agência Museu Goeldi – O secretário de Desenvolvimento Tecnológico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Dr. Álvaro Toubes Prata, apresentou, no último dia 4 de outubro, durante o Seminário Biodiversidade, Inovação e Sustentabilidade – Amazônia e Reino Unido experiências e oportunidades, um panorama nacional sobre a relação entre pesquisa e indústria. De acordo com o secretário o “MCTI é um importante ministério na Esplanada e tem promovido a Ciência, Tecnologia e Inovação de maneira ampliada”.

Segundo o secretário, esse cenário desigual de crescimento é um reflexo de vários fatores. Entre eles, dois se destacam: o primeiro é a questão da relação deficiente entre ciência e educação de base, pois “nossas crianças têm pouco contato com a ciência”, afirmou o Dr. Álvaro Prata e essa realidade de distanciamento entre a sociedade leiga e a produção científica do país acaba gerando um baixo nível de interesse social pela ciência. O outro fator é que o diálogo entre o meio acadêmico e o industrial nem sempre acontece de maneira construtiva.

Para tentar mudar essa realidade e ajudar no crescimento mais uniformizado da produção tecnológica e de inovação “O MCTI atua como catalisador de iniciativas regionais de inovação. Por isso é muito importante nosso contato com as secretarias locais de cada estado ou região”.

O secretário deixou claro que o cenário nacional de CT&I é recente, tem diferenças de crescimento entre suas frentes de trabalho, mas que as perspectivas para o futuro são positivas, principalmente quando observadas sob o prisma da sustentabilidade. Além disso, a relação entre o Brasil e o Reino Unido deve ser fomentada e consolidada: “Gostaria de encorajar os cientistas brasileiros e britânicos a promover a inovação científica entre as duas nações, pois esse é um futuro promissor”, concluiu.

O representante do MCTI participou da mesa redonda Oportunidades de desenvolvimento local: o papel das empresas na Amazônia que contou também com a presença, de Vitor Fernandes, da empresa Natura; Carmem Lara, do Instituto VALE; e Pamela Robinson, da Universidade de Birmingham.

Dr. Álvaro Prata aproveitou sua estada em Belém para uma breve visita ao Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Acompanhado do Diretor Nilson Gabas, do MPEG e do Diretor Científico do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável, Luiz Carlos de Lima Silveira, o Secretário em sua primeira visita ao Parque Zoobotânico, teve oportunidade de conhecer o recinto das Aves Brejeiras, aberto ao público na última sexta-feira, dia 4 de outubro e ficou encantado com a beleza e exuberância da pequena mostra da fauna e flora proporcionadas pelo Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.

Redes de pesquisas - A importância das Redes de Pesquisa e Inovação para o avanço do conhecimento, a transferência de tecnologia e a inclusão social foi outro dos temas tratados durante o evento, na última sexta-feira, dia 4, e também contou com a participação do Secretário de Desenvolvimento Tecnológico do MCTI, Álvaro Prata. Marli Elizabeth Ritter, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e representante da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI); Hansjoerg Paul, David Roberts da Queen's University Belfast; e Maria do Socorro Chaves. da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e representante do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC) foram outros membros da sessão. A mesa foi coordenada por Caroline Cowan, diretora de Ciência e Inovação da Embaixada Britânica no Brasil.

O Seminário Biodiversidade, Inovação e Sustentabilidade – Amazônia e Reino Unido experiências e oportunidades,que aconteceu de 30 de setembro a 4 de outubro, compõe a programação comemorativa os 20 anos da instalação da Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn) do Museu Paraense Emilio Goeldi no arquipélago do Marajó (PA), e reuniu profissionais e pesquisadores brasileiros e do Reino Unido para melhorar o intercâmbio de práticas nas áreas de biodiversidade, biotecnologia, transferência de tecnologia e propriedade intelectual.

Confira no Portal do Museu Goeldi a cobertura completa do evento em:

Biodiversidade, inovação e sustentabilidade: seminário comemora
20 anos da Estação Científica Ferreira Penna

Amazônia investe em pesquisa

Cooperação científica na Amazônia: Brasil e Reino Unido

Sinergia na Amazônia

Campo de produção de Ciência

Da Floresta, boas impressões

A Ciência contruída coletivamente

Com a floresta preservada
 

Texto: Lucila Vilar