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Agência de Notícias

Lançamentos do Museu Goeldi na Feira do Livro

Este ano, a instituição lança 11 publicações, com destaque às pesquisas realizadas em parceria com comunidades locais da região amazônica
publicado: 29/05/2014 15h15, última modificação: 29/08/2017 14h18

Agência Museu Goeldi – Arqueologia, comunicação e populações indígenas são alguns temas dos livros lançados pelo Museu Paraense Emílio Goeldi na XXIII Feira Pan-Amazônica do Livro. A programação de lançamentos acontece entre os dias 31 de maio e 6 de junho, sempre a partir das 17h, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. Representantes dos Mebengôkrê-Kayapó da Aldeia Las Casas participam no último dia do evento com uma sessão de autógrafos. Confira a lista de lançamentos do mpeg na feira.

Arte rupestre de Monte Alegre – A arqueóloga Edithe Pereira liderou um projeto de divulgação sobre as pinturas e gravuras inscritas nas pedras há mais de 10 mil anos no município de Monte Alegre, oeste do Pará, através de uma série de produtos e ações junto à comunidade. Para saber mais, acesse o site do projeto aqui.

Um dos resultados deste projeto é o livro “A Arte Rupestre de Monte Alegre – Pará, Amazônia, Brasil”, de autoria de Edithe Pereira, que traz informações científicas em uma linguagem acessível sobre os sítios arqueológicos com gravuras e pinturas rupestres no município catalogados até o ano de 2011. Além de apresentar ao leitor o patrimônio arqueológico, chama atenção para a necessidade de ações efetivas de proteção dos sítios arqueológicos.

Dedicado às crianças, “Itaí, a carinha pintada” é assinado pelo poeta Juraci Siqueira e pelo aquarelista Mario Baratta. O livro, escrito em versos, é inspirado nos registros arqueológicos de Monte Alegre, com linguagem divertida e de fácil compreensão.

“A Arte Rupestre de Monte Alegre – Pará, Amazônia, Brasil” e “Itaí, a carinha pintada” serão lançados no sábado, dia 31, custando R$50 e R$30, respectivamente.

Jornalismo científico – No dia 3 acontece o lançamento de “Pesquisa em Comunicação de Ciência na Amazônia Oriental Brasileira: a experiência recente no Museu Paraense Emílio Goeldi”. Organizado pela jornalista Jimena Felipe Beltrão, o livro traz estudos desenvolvidos entre 2000 e 2005 sobre a construção da Amazônia pela imprensa regional na história recente do país, abordando o jogo de interesses e a teia de conhecimentos que influenciam a tomada de decisões na região. A publicação custa R$50.

Marajó em destaque – Pedro Lisboa foi chefe da Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn) durante os primeiros dez anos da base de pesquisas do Museu Goeldi na Floresta Nacional de Caxiuanã, no arquipélago do Marajó. Para as comemorações dos 20 anos da ECFPn, junto a  Maria das Graças Ferraz Bezerra e André Luiz Cardoso organizaram o livro “Floresta Nacional de Caxiuanã: patrimônio biológico e cultural da Amazônia”. Em mais de 100 páginas, são abordados os aspectos físicos e perspectivas futuras da Flona de Caxiuanã, além das ações educativas desenvolvidas pelo Programa Floresta Modelo com as comunidades locais. O livro será vendido por R$ 20.

Também em comemoração aos 20 anos da Estação Ferreira Penna, Pedro Lisboa organizou “Caxiuanã – Paraíso ainda preservado”, com os resultados de pesquisas desenvolvidas na região. A obra traz importantes contribuições das ciências naturais e humanas sobre o ambiente físico e a diversidade biológica e social em uma floresta ainda preservada na região amazônica. O custo é de R$ 65.

Ao seu pai, Luiz Lisboa, o botânico dedica “A Terra dos Aruã: Uma história ecológica do Arquipélago do Marajó”. A obra, cujo valor é R$ 60, registra um “pouco das maravilhas” da ilha, destino procurado pelos turistas que vêm ao Pará. Segundo Lisboa, esta é uma consideração modesta que pode contribuir para a educação nas escolas e prefeituras do arquipélago e também para despertar o interesse daqueles que não conhecem a região. O Marajó será destaque no stand do Museu Goeldi no dia 4.

Águas, árvores e frutos da Amazônia – Obra multidisciplinar que divulga conhecimento científico sobre e para a comunidade acadêmica e municípios litorâneos da Amazônia, “Ecossistemas Costeiros: impactos e gestão ambiental – 2ª edição” foi organizada pelos pesquisadores Maria Thereza Prost e Amilcar Carvalho Mendes. A coletânea de pesquisas sobre ecossistemas costeiros no norte e nordeste do Brasil, além da Guiana Francesa será lançada na Feira Pan-Amazônica do Livro no dia 5 pelo valor de R$25.

No mesmo dia, acontecem mais dois lançamentos: “Palmeiras do Distrito Sustentável da BR-163” e “Caderno de Anotações Frutos e Sementes”. O primeiro é um guia de campo produzido pelo Projeto Integrado MCTI-Embrapa e traz características gerais, informações de distribuição geográfica e ocorrência de espécies de palmeiras nas 14 unidades de conservação do Distrito Sustentável da BR-163. De autoria das pesquisadoras Gleissiane Alves, Ana Albernaz e Maria Aparecida Lopes, a publicação custa R$15.

O segundo é de autoria da bibliotecária Olimpia Reis Resque, resultado de um longo trabalho de pesquisa, coleta e organização das narrativas fantásticas, científicas e poéticas de naturalistas e viajantes sobre as cores, sabores e aromas das frutas da Amazônia. O livreto é vendido a R$15.

História da Ciência e povo Kayapó – O último dia de lançamentos, 6, terá a publicação que é uma contribuição do Museu Goeldi às comemorações do Ano Alemanha-Brasil, comemorado em 2014. Os pesquisadores Nelson Papavero e Antonio Porro, organizaram uma obra que narra aspectos da história da Amazônia brasileira setecentista: “Anselm Eckart e o Estado do Grão Pará e Maranhão Setecentista (1785)” traz também a tradução da obra de Eckart e comentários de especialistas. O livro custa R$60.

Para encerrar a programação do Museu Goeldi na Feira do Livro deste ano, será lançada o  livro-catálogo “Me à yry Tekrejarôti-re – os trabalhos artesanais dos Mebêngôkre-Kayapó da Aldeia Las Casas”, organizado pelo Museu Goeldi em parceria com a Associação Indígena Ngônhrôrô–kre, o Museu do Índio (RJ) e a Fundação Nacional do Índio – Coordenação Regional do Baixo Tocantins. A obra é resultado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) e reúne informações sobre a organização social e a cultura material dos povos indígenas Kayapó, autodenominados Mebêngôkre (homens do olho de água ou do buraco de água). A etnia faz parte da vida científica do Museu Goeldi há mais de um século e tem despertado muito interesse em diversos cientistas do Brasil e do mundo. Veja aqui o booktrailer do catálogo.

O lançamento terá a participação de indígenas da Aldeia Las Casas, que farão uma saudação cerimonial, seguida de sessão de autógrafos. Eles também estarão nos dias 5 e 6 de junho no Parque do Museu Goeldi realizando pinturas corporais e venda de artesanato.

Serviço: Lançamentos de Livros do Museu Goeldi durante a XXIII Feira Pan-Amazônica do Livro. De 31/5 a 6/6, às 17h, no stand do MPEG no Hangar Centro de Convenções da Amazônia.

Texto: Júlio Matos