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MPEG abre exposição do Arte Pará celebrando ciência e arte

O evento de abertura em frente ao prédio da Rocinha contou com apresentação do coral de vozes e LIBRAS de Portel
publicado: 14/10/2014 10h45, última modificação: 27/11/2017 12h19

Agência Museu Goeldi - O corredor de entrada do Parque Zoobotânico do Goeldi se transformou em um espaço de encontro entre ciência e arte. Aos pés do Pavilhão Domingo Soares Ferreira Pena, a Rocinha, ex-diretores do Museu, como Ferreira Penna, Emílio Goeldi, Jacques Huber e Emilia Snethlage, foram revividos pela caracterização de bolsistas da instituição, que receberam visitantes e convidados para a abertura da exposição “Caríssimo: O soldado da borracha”, que integra o Salão Arte Pará 2014. As atividades fazem parte do mês comemorativo do aniversário do Museu Paraense Emílio Goeldi.

O Coral Municipal de Vozes e LIBRAS de Portel foi uma das principais atrações da abertura do evento de arte contemporânea no MPEG. O grupo é formado por 30 jovens ouvintes e não ouvintes do município marajoara, que é parceiro do Museu Goeldi em projetos de pesquisa e educação. A apresentação de músicas nacionais e regionais, feita em português e em língua de sinais, impressionou o curador geral do Arte Pará, Paulo Herkenhoff. “Eu nunca imaginei que ‘açaí’ em Libras ia ser tão bonito. É um movimento que desce do céu pra terra e implica no trabalho das pessoas que enfrentam esforços e limitações, mas as transformam em potência da vida”, revelou o curador.

Museu Goeldi e o Arte Pará - Herkenhoff também ressaltou a parceria renovada há 8 edições do salão de arte com o Museu. “Agradeço ao Museu Goeldi pela acolhida, a exposição não podia estar em casa melhor, uma vez que o Museu está no coração dos paraenses”, disse.

Para o diretor do Goeldi, Nilson Gabas Júnior, “a instituição busca manter essa parceria porque acreditamos que ciência e arte se combinam muito bem”. No discurso de abertura da exposição, Gabas relacionou as pinturas do artista homenageado, o ex-soldado da borracha Paulo Sampaio, com as pesquisas sobre borracha realizadas por um dos ex-diretores do Museu, Jacques Huber. Huber, botânico suíço que dirigiu o Museu Paraense entre 1907 e 1914 (quando faleceu), foi uma das maiores autoridades mundiais em árvores produtoras de borracha.

“Com uma excelente curadoria e a parceria do Museu Goeldi, eu acredito que fazemos uma grande oferta ao nosso público, a repensar sobre seu passado, a fazer com que um exemplo específico da borracha seja transformado em elemento de pensamento pra que possamos pensar ou repensar o que nós queremos como matriz de desenvolvimento para o Pará”, considerou Gabas Jr..

Caríssimo - Na 33ª edição do salão de arte, o pavilhão conhecido como “Rocinha” do Museu Goeldi recebe a obra do artista homenageado do Arte Pará, o pintor e desenhista Paulo Sampaio, falecido em abril. A exposição “Caríssimo: O soldado da borracha” tem a curadoria do artista plástico e amigo de Sampaio, Margalho Açu, que procurou ambientar no salão transversal do edifício histórico os painéis com desenhos e as nove pinturas do artista, dentre elas “Ataque ao Acampamento” e “Transamazônica”. O espaço fica aberto à visitação das terça-feira a domingo, de 9h as 17h, até o dia 9 de dezembro.

Texto: João Cunha