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Agência de Notícias

Mudanças climáticas na Amazônia são tema de seminário internacional

Pesquisadores brasileiros e estrangeiros se reúnem nesta sexta-feira, 31, para debater os impactos das alterações do clima na região. O evento apresenta os últimos resultados da investigação científica sobre a seca na floresta amazônica
publicado: 30/03/2017 09h00, última modificação: 29/04/2017 12h00
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As mudanças climáticas e o risco às florestas preocupa cientistas

Agência Museu Goeldi - Num momento em que ambientalistas acompanham com apreensão os novos rumos da política energética no mundo, cientistas do Brasil e Reino Unido discutem as consequências do aquecimento global para as florestas, especialmente a Floresta Amazônica. O evento será realizado no
Auditório Paulo Cavalcanti, no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, nesta sexta-feira, a partir das 9h.

As mudanças climáticas e o risco às florestas preocupa cientistas

O seminário apresenta também alguns dos resultados obtidos pelo projeto Estudo da Seca da Floresta (Esecaflor), que simula um período de seca prolongada em uma floresta tropical amazônica, investigando os problemas gerados. Com 15 anos de dados coletados, as atividades do projeto são realizadas na Estação Científica Ferreira Penna, base do Museu Goeldi, localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã.

Após o Seminário, os participantes irão à Flona de Caxiuanã para analisar, entre outros pontos, as condições da floresta e as propriedades do solo na área do experimento, incluindo os danos às árvores no caso de ataques de fungos e insetos e de deficiência hídrica.

O evento é organizado pelos pesquisadores Leandro Valle Ferreira, da Coordenação de Botânica do Museu Goeldi, Antônio Lola da Costa, da Universidade Federal do Pará, e Patrick Meir, da Universidade de Edimburgo.

Projeto Esecaflor - simulação de seca na Floresta Amazônica

Esecaflor – O projeto é desde 2010 um dos sítios de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) apoiada pelo CNPq. Voltado para o estudo do impacto da seca artificial sobre o funcionamento da floresta primária, o foco está na pesquisa das consequências da seca nos processos físicos e no conjunto dos seres vivos locais. O experimento abrange dois hectares da Estação Científica Ferreira Penna, onde um deles é recoberto com seis mil painéis de plástico, que reduzem 50% da precipitação no solo. As duas áreas controladas (uma com e outra sem cobertura artificial) criam as condições para o desenvolvimento da pesquisa.

Estação Científica Ferreira Penna – A ECFPn é uma base de pesquisas científicas do Museu Goeldi/MCTIC na Floresta Nacional de Caxiuanã, implantada em 1993. A Floresta abrange os municípios marajoaras de Melgaço e Portel, no Estado do Pará. A Estação funciona como um laboratório avançado para estudos de longa duração sobre as florestas tropicais. Apoia pesquisas sobre a sócio biodiversidade da Amazônia, além de atividades de educação em ciências e educação ambiental junto as comunidades rurais. Possui uma área urbanizada de seis mil metros quadrados e uma área construída de três mil metros quadrados.

 

Serviço

Seminário “Impactos das mudanças climáticas na Amazônia"

Data: Sexta-feira, 31/03

Horário: 9h-12h.

Local: Auditório Paulo Cavalcanti, no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi (Avenida Perimetral, 1901, Terra Firme).

 

Programação

9h – Abertura

10-12h – Palestras:

Os 15 anos do projeto Esecaflor, Dr. Antônio Carlos Lola da Costa, Coordenador Nacional do projeto Esecaflor (UFPA / MPEG);

- Principais resultados ecofisiológicos do projeto Esecaflor, Dr. Patrick Meir, Coordenador Internacional do projeto Esecaflor (Universidade de Edimburgo);

Estudos sobre a vulnerabilidade das florestas nas mudanças climáticas, Dra. Lucy Rowland (Universidade de Exxen);

O impacto do projeto Esecaflor na biota da Floresta Amazônica, Dr. Leandro Ferreira, Coordenador da Estação Científica Ferreira Penna (MPEG);

Projetos de pesquisa desenvolvidos na Estação Científica Ferreira Penna, Drs. Patrick Meir e Antônio Carlos Lola da Costa (MPEG / UFPA / Universidade de Edimburgo).

 

Texto: Phillippe Sendas