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Museu Goeldi integra rede mundial de pesquisa sobre risco de extinção de répteis e anfíbios

Curso ministrado pelo herpetólogo Barry Sinervo prepara pesquisadores do Museu para coleta em campo na estação de Caxiuanã
publicado: 24/09/2014 14h00, última modificação: 28/09/2017 11h57

Agência Museu Goeldi - Na extensa lista de efeitos do aquecimento global, um dos menos conhecidos fora do meio científico é a progressiva extinção de répteis e anfíbios. Um estudo, publicado em 2010 pela revista Science, mostra aumento da temperatura média do planeta afeta a sobrevivência dessas classes de animais. Relacionando dados reunidos em 12 países dos cinco continentes, quatro anos depois, a pesquisa continua a se expandir em uma rede global, incluindo a região amazônica.

Um dos autores da pesquisa, o herpetólogo Barry Sinervo, está no Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) com o objetivo de treinar cientistas locais para a coleta, organização e análise dessas informações. Ele está na instituição como Pesquisador Visitante Especial- PVE, do Programa “Ciência Sem Fronteiras” (CsF).

No período de 22 a 25 de setembro, Barry ministra o curso "Modelos fisiológicos dos impactos em répteis e anfíbios causados por mudanças climáticas" para um público de pesquisadores da Coordenação de Zoologia do MPEG e visitantes.

Emerson Pontes, mestrando em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), é um dos participantes do evento. Segundo ele, a pesquisa de Sinervo é pioneira por quantificar o risco de extinção de espécies de répteis e anfíbios a curto, médio e longo prazo. Isto é feito por meio de um modelo matemático que considera a fisiologia dos animais e as horas de exposição à luz solar. As técnicas para operar esse modelo e, a partir dele, prever o perigo de desaparecimentos de espécies, é o que será ensinado aos pesquisadores.

No Brasil, a pesquisa está vinculada ao projeto "Quantificação dos riscos de extinção induzida pelo clima em anfíbios, lagartos e plantas do Brasil", coordenado por Guarino Rinaldi Colli, da UnB. O MPEG é um dos integrantes amazônicos da rede de institutos científicos que compõem a pesquisa e realizará as coletas in loco na Estação Científica Ferreira Pena, uma das bases da instituição, localizada em Caxiuanã, no Pará.

O curso é gratuito e está sendo ministrado em inglês, com apresentação também em espanhol. Para saber mais sobre a pesquisa e ter acesso as apresentações em Power Point, é só acessar a página bio.research.ucsc.edu/ ~barrylab/ classes/climate change/ClimateChange.htm.

Texto: João Cunha

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