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Agência de Notícias

Museu Goeldi nas feiras de sociobiodiversidade, ciência e tecnologia

Durante a I Feira Mundial da Sociobiodiversidade e a IX Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, que fazem parte da programação do Congresso Internacional de Etnobiologia, o Museu Goeldi realizará atividades de educação ambiental, cultura material e também vai divulgar suas publicações e produtos da lojinha.
publicado: 06/08/2018 17h12, última modificação: 07/08/2018 14h04

Agência Museu Goeldi – O Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia começa nesta terça-feira (7) e, além da participação do Museu Paraense Emílio Goeldi na programação acadêmico-científica, a instituição também preparou atividades especialmente voltadas para a I Feira Mundial de Sociobiodiversidade e para a IX Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, eventos que também integram o Belém+30.

Para a coordenadora de Museologia do MPEG, Wanda Okada, é inegável a importância da participação do Museu, sobretudo por tratar-se de uma instituição referência internacional nos estudos da sociobiodiversidade amazônica. “A Feira Estadual de CT&I e a Feira Mundial de Sociobiodiversidade são a parte final da pesquisa. É onde a gente pode divulgar e deixar que a sociedade entre em contato com o resultado das pesquisas realizadas no Museu, seja através de brincadeiras lúdicas ou através de exposição”, afirma Wanda.

Sociobiodiversidade – Reunir representantes de populações tradicionais do Brasil e do mundo e expor produtos da sociobiodiversidade da Amazônia. Essa é a proposta da I Feira Mundial da Sociobiodiversidade com seus mais de 100 estandes, divulgando e comercializando produtos de comunidades tradicionais, cultura alimentar e gastronomia. O Museu Goeldi realiza duas ações na feira: as apresentações do projeto “Replicando o passado” e do Espaço Goeldi 150.

O projeto “Replicando o passado”, coordenado pela pesquisadora Helena Lima (COCHS-MPEG), é uma parceria entre o Museu Goeldi e um grupo de ceramistas de Icoaraci, que busca criar réplicas e miniaturas das cerâmicas arqueológicas do acervo da instituição. Os artesãos fazem parte da comunidade oleira do Paracuri e o trabalho com a cerâmica é uma tradição familiar. Com a parceria, eles têm a oportunidade de entrar em contato com o acervo da Reserva Técnica de Arqueologia do Museu Goeldi, ajudando a divulgá-lo.

Para a reprodução das peças, são escolhidos objetos importantes do acervo, sejam por sua história, sejam por sua complexidade estética, e também pela diversidade de culturas que representam. Entre os objetos, destacam-se vasilhas, pratos, urnas funerárias das culturas marajoara e tapajônica, por exemplo.

O Espaço Goeldi 150 também vai fazer parte dessa grande festa da sociobiodiversidade. Nesse estande, serão vendidas publicações do MPEG e artigos da Samaúma, empresa que comercializa artesanatos, camisas, entre outros artigos, no Café do Museu, no Parque Zoobotânico.

Ciência e Tecnologia – A IX Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação também integra a programação do Belém+30. Acompanhando o tema central do congresso, “Os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais e a conservação da biodiversidade três décadas após a Declaração de Belém”, a feira pretende mostrar em seus estandes como tradição e ciência estão mais próximas do que imaginamos.

O Museu Goeldi participa da feira com o Programa Natureza, atividade que estimula o ensino e aprendizagem da ciência por meio do teatro. Serão diversas brincadeiras comandadas pelo Macaco Ximbica e sua turma, levando informações científicas e curiosidades sobre animais e plantas da Amazônia.

“O Macaco Ximbica não é aquele macaco que vai fazer palhaçada, ele vai passar informação. E de uma maneira bem divertida, ele vai brincando e passando informações científicas. Esse é o diferencial”, avalia o técnico Alcemir Aires, que interpreta o Macaco Ximbica.

Belém +30 – O Belém+30 é promovido pela Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE) e a Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE). Em Belém, a organização é da Universidade Federal do Pará (UFPA), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), em parceria com diversas outras instituições de ensino e pesquisa do Brasil e de vários países.

O primeiro Congresso Internacional de Etnobiologia foi realizado em Belém, em 1988, organizado pelo falecido antropólogo e biólogo americano Darrell Posey, pesquisador do Museu Goeldi. O evento levou à criação da Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE) e estabeleceu a Declaração de Belém, documento pioneiro que afirmou a conexão entre as populações tradicionais e a biodiversidade, contribuindo para a formulação do Artigo 8j da Convenção sobre a Diversidade Biológica, durante a ECO-92.

 

 

Texto: Karolina Pavão.