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Agência de Notícias

Pesquisadores do Pará e EUA discutem saúde pública no Marajó

Em visita à Estação Científica do Museu Goeldi, participantes de curso realizado pela Michigan State University (MSU) em parceria com a UFPA investigam a saúde de populações tradicionais da Amazônia
publicado: 18/07/2014 10h15, última modificação: 05/09/2017 11h44

Agência Museu Goeldi – A Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), base de pesquisas do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) na Floresta Nacional de Caxiuanã, no arquipélago do Marajó, recebe de 20 a 25 de julho um grupo de alunos e professoras da Michigan State University (MSU), que participam do curso “HM 849 Health Care In Brazil: A Public Health Perspective”. O curso é em parceria entre a MSU e a Universidade Federal do Pará, através do Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia (PPGSAS), do Instituto de Ciências da Saúde e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA), do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.

Estudantes de pós-graduação da universidade paraense participarão de todas as etapas do curso e darão suporte aos projetos de estudo que serão desenvolvidos pelos colegas estrangeiros. Ao todo, são oito alunos e duas professoras da MSU que estão no Pará desde o último dia 7 e seguem até o dia 1º de agosto.

Palestras e visitas - Durante o período em Belém, o grupo pôde participar de palestras com pesquisadores sobre a história da Amazônia, saúde pública, epidemiologia, saúde de populações rurais e doenças infecciosas e emergentes, além de visitar o centro histórico da capital paraense e o Hospital Universitário João de Barros Barreto, referência no tratamento de doenças infecciosas. A comunidade da UFPA também teve acesso às palestras ministradas pela Dra. Beth Stevens e pela professora Linda Gordon, da MSU.

Na sexta-feira, 17, o grupo visita o Parque Zoobotânico do MPEG. Na ocasião, será feita uma apresentação institucional e histórica da instituição pelo Dr. Antonio Maria (CCH/MPEG). Depois, haverá uma visita guiada pelo Parque.

Em Caxiuanã, o grupo o grupo irá conhecer os desafios de fazer saúde na Amazônia, realizando visitas às comunidades rurais e discutindo com pesquisadores do Museu Goeldi os avanços científicos recentes nos estudos das mudanças climáticas, biodiversidade e os projetos conjuntos com as populações tradicionais.

A situação epidemiológica e sanitária dos municípios marajoaras de Soure e Salvaterra também fazem parte da rota do workshop. A ideia é que os participantes compreendam a complexidade das relações entre sociedade e ambiente na região e tragam à tona discussões sobre o Sistema Único de Saúde no Brasil e o sistema de saúde dos Estados Unidos.

O grupo segue viagem para o Marajó no próximo dia 18 e retorna dia 31 para apresentar os projetos desenvolvidos ao longo do curso.

 Um médico-biólogo na coordenação - No Brasil, o curso é coordenado pelo Dr. Hilton Silva, docente dos dois institutos da UFPA que estão envolvidos neste projeto. O pesquisador lidera o Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente e esteve na MSU em 2012. Hilton coordena desde 1997 um projeto sobre a saúde, o crescimento e a evolução de doenças em populações ribeirinhas envolvendo grupos da Floresta Nacional de Caxiuanã. 

Texto: Júlio Matos