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Pesquisadores ligados ao Museu Goeldi recebem prêmio nacional

Helena Pinto Lima, pesquisadora titular da instituição, e Jair Boro Munduruku, mestrando do Programa de Pós-graduação em Diversidade Sócio-cultural, foram contemplados pelo Prêmio Luiz de Castro Faria, concedido pelo Iphan.
publicado: 14/12/2020 12h20, última modificação: 14/12/2020 12h20

Agência Museu Goeldi - Dois dos cinco vencedores da 8ª edição do Prêmio Luiz de Castro Faria possuem relação com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), a premiação teve o seu resultado divulgado na última semana, no dia 08.

A pesquisadora Helena Pinto Lima, que também é curadora da Reserva Técnica Arqueológica do Museu Goeldi, foi premiada na categoria Artigo Científico, com o trabalho intitulado “Aprendizagem e pesquisa em perspectiva intercultural: reflexões de uma arqueóloga trabalhando no rio Negro”. No artigo, ela discute possibilidades de diálogos interculturais em torno da arqueologia no alto rio Negro, com base em suas experiências pessoais de ensino e pesquisa na Licenciatura Intercultural Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Já na categoria Graduação, o contemplado foi Jair Boro Munduruku, com a monografia “Caminhos para o passado: Oca’õ Agõkabuke e cultura material Munduruku”. O trabalho foi desenvolvido no término da graduação em Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), sob orientação de Bruna Cigaran de Rocha e a coorientação de Vinicius Eduardo Honorato de Oliveira.

Jair Munduruku cursa o mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Diversidade Sociocultural (PPGDS), do MPEG, sob a orientação de Helena Lima e coorientação de Bruna Rocha. Em decorrência das dificuldades acarretadas pela pandemia de Covid-19, ele trancou temporariamente o curso.

Realizado com o objetivo de reconhecer trabalhos científicos que tratem do patrimônio arqueológico brasileiro, o concurso distribui prêmios em quatro categorias. Os nomes dos premiados foram publicados no Diário Oficial da União (DOU), no último dia 8.

Formada pelas arqueólogas Juliana Rossato Santi, Louise Prado Alfonso e Margareth de Lourdes Souza, a comissão julgadora avaliou os trabalhos a partir de critérios como originalidade, vulto ou caráter exemplar, que mereçam registro ou divulgação e reconhecimento público. Os vencedores receberão as suas respectivas premiações em dinheiro.

Homenagem - A premiação é uma homenagem a Luiz de Castro Faria, um dos fundadores da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Nascido em Niterói (RJ) em 1913, o antropólogo, arqueólogo, professor, biblioteconomista e museólogo foi também responsável pela formação de uma geração de antropólogos brasileiros nas universidades federais do Rio de Janeiro e Fluminense, a UFRJ e a UFF, respectivamente.

Designado pelo governo brasileiro, o pesquisador foi responsável por participar, guiar e fiscalizar grandes expedições etnográficas do século XX. A última foi a expedição à Serra do Norte, chefiada pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss, em 1938. Luiz de Castro Faria morreu aos 91 anos, no dia 12 de agosto de 2004.

Com informações do IPHAN.