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Agência de Notícias

Pesquisas em Caxiuanã

Área preservada é campo fértil para a Ciência
publicado: 24/09/2013 14h45, última modificação: 15/08/2017 09h54

Agência Museu Goeldi - A Estação Científica Ferreira Penna, ao longo de 20 anos de funcionamento, tem como principal finalidade apoiar programas de pesquisa de curto, médio e longo prazo, tanto do Museu Goeldi quanto da comunidade científica nacional e internacional. Ela oferece aos cientistas excelentes condições para a elaboração de projetos experimentais, dissertações de mestrado, teses de doutorado, cursos de campo em nível de pós-graduação, seminários e reuniões científicas.

Pesquisas – Mais de 100 projetos científicos foram ou estão em desenvolvimento na ECFPn, nas áreas de botânica, zoologia, ciências da terra e ciências humanas. Atualmente, existem três grandes projetos de pesquisa – envolvendo fauna, flora e dados abióticos (pesquisas em que

 não há participação de organismos vivos) – que estão em andamento na Flona de Caxiuanã, são eles: TEAM (Tropical Ecology, Assessment and Monitoring Initiative); PPBio (Programa de Pesquisa em Biodiversidade) e Esecaflor/LBA (Experimento em Grande Escala da Biosfera – Atmosfera na Amazônia). Por causa desses projetos, a Flona de Caxiuanã recebe um grande número de pesquisadores e cientistas de diversas partes do País e do Mundo.

TEAM - A Tropical Ecology, Assessment and Monitoring Network, que, em livre tradução, lê-se Rede para Avaliação e Monitoramento da Ecologia Tropical, é um projeto da Conservação Internacional (CI), que tem por objetivo o desenvolvimento de pesquisas para avaliação e monitoramento de diversos grupos biológicos, visando subsidiar políticas e ações de conservação da natureza na Amazônia e nos trópicos.

PPBio - O Programa de Pesquisa em Biodiversidade é um programa coordenado pela Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que adota um modelo descentralizado de gestão, composto por Núcleos Executores (NEs), responsáveis pelas atividades de pesquisa, capacitação e gerenciamento da informação das redes e por Núcleos Regionais (NRs), que desenvolvem as pesquisas e a manutenção das coleções.

Sua abrangência é nacional e tem o propósito em ser executado em todas as regiões e biomas brasileiros. Sua implementação tem início nas regiões da Amazônia e do Semiárido. Em 2004, o programa foi instituído no bioma amazônico. As atividades do programa vão desde pesquisa científica em taxonomia, ecologia de espécies e ecossistemas e conservação; capacitação de recursos humanos através de programas de bolsas, apoio a treinamentos e ofertas de curso; e a sistematização, gerenciamento e divulgação da informação.

Os Núcleos Executores são divididos em: Amazônia Oriental, coordenado pelo Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG); Amazônia Ocidental, coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); Semiárido, coordenado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS); e Mata Atlântica, coordenado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).

Protocolo Científico - Os protocolos científicos do Programa de Pesquisa em Biodiversidade são descrições detalhadas de como foi concebida a pesquisa. São disponibilizados para que outros grupos possam ter acesso às técnicas utilizadas na pesquisa. Esses protocolos foram traçados para serem executados em todos os sítios de coleta do PPBio. Os protocolos devem apresentar suas atividades bem definidas para que seja executado um levantamento rápido e um aproveitamento integral da descrição do sítio, de modo que se permita futuramente outros estudos de monitoramento.

Todos os projetos de pesquisa são encaminhados para elaboração de Protocolos científicos para que os mesmos possam ser executados por todas as áreas de coleta do PPBio.

Estudo da Seca na Floresta (ESECAFLOR) - Projeto multinacional vinculado ao Programa LBA é um experimento em grande escala cujo objetivo principal é o entendimento das alterações nos ciclos da água, de carbono e nutrientes, e os balanços de energia solar. Sua principal função é entender a relação entre o clima, o solo, os gases atmosféricos e os impactos do uso da terra na Amazônia. Funciona como uma simulação prolongada do fenômeno El Nino.

Por meio destes trabalhos foram identificados na ECFPn diferentes tipos de ambientes, como: floresta densa e firme, florestas inundáveis (igapó e várzea), vegetação savanóide (campo hidromórfico), vegetação secundária (capoeira) e alguns sítios de plantações remanescentes. Além disso, foram identificadas e registradas novas espécies de plantas e animais que até então eram desconhecidas pela comunidade científica.


Texto: Ricardo Sousa, Agência Museu Goeldi

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