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Agência de Notícias

Professores são treinados para florestabilidade na VI Olímpiada de Caxiuanã

Oficina preparou 35 educadores de Melgaço e Portel a discutir o manejo florestal nas comunidades da região
publicado: 20/10/2014 17h00, última modificação: 27/11/2017 15h34

Agência Museu Goeldi - A palavra “Florestabilidade” pode ser desconhecida para muitos, mas o sentido que ela carrega, de interação consciente dos seres humanos com a floresta, tem abrangência mundial. O termo dá o nome a um projeto da Fundação Roberto Marinho e do Fundo Vale que, desde 2012, trabalha conceitos de sustentabilidade e manejo florestal com jovens na Amazônia por meio da educação.

O projeto chegou à Floresta Nacional de Caxiuanã pela primeira vez com a oficina “Florestabilidade”, oferecida na VI Olímpiada de Ciência da Flona, que aconteceu na Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn) do Museu Paraense Emílio Goeldi. Durante os dias 16 e 17 de outubro, 35 professores de ensino básico dos municípios de Portel e Melgaço participaram da capacitação e aprenderam formas pedagógicas de ensinar as temáticas do convívio racional com a natureza na sala de aula.

A pedagoga Eliete Araújo, uma das instrutoras da oficina, explica que a formação dos professores é um ponto de partida para o incentivo da florestabilidade em suas comunidades de origem. “Nós importamos em como esses professores podem sensibilizar os jovens para as profissões da floresta, para sua sustentabilidade e assumir posições de liderança no manejo da floresta”, afirmou.

Para mediar esse processo, cada educador recebeu um kit com dois livros (com plano de aulas e metodologia do projeto) e CDs que abordam os conteúdos da florestabilidade, como o manejo florestal madeireiro e os usos múltiplos da floresta. Segundo Mirna Silva, professora do 8º ano em uma escola de Melgaço, o material e as discussões vivenciadas na oficina a ajudarão na discussão dos temas com seus alunos. “Raramente a gente trabalha com eles a questão do meio ambiente, da ecologia. Com a capacitação que nós tivemos e o material de textos e vídeos vamos poder aprofundar essas questões”, considerou.

Mirna acredita que outro ponto positivo da capacitação foi a oportunidade de conhecer e aprender sobre a Floresta Nacional de Caxiuanã.  “É outra experiência que temos para trabalhar em sala de aula, o mais importante é que eu possa levar esse conhecimento para os meus alunos que não sabem a importância da Flona”, disse a professora.

Trazer a oficina de Florestabilidade para uma Olímpiada de Ciências em Caxiuanã era uma meta almejada há três anos pela Coordenadora da Olímpiada e Chefe de Campo da Estação Científica, Socorro Andrade. “O projeto chegou na hora certa à região, pois está iniciando a fase da concessão da Flona, então será possível as comunidades se informarem o que é a concessão, o que é o manejo”, falou. 

Ao final do segundo dia de atividades, Socorro se reuniu com os instrutores da oficina e professores para falar sobre a Floresta Nacional e firmar o compromisso de implantar a florestabilidade nas escolas e comunidades participantes da Olimpíada.

Olimpíada de Caxiuanã - Vinculada à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a VI Olimpíada de Ciência da Floresta Nacional de Caxiuanã foi organizada pelo Museu Paraense Emílio Goeldi na Estação Científica Ferreira Pena, que está sediada na Flona. Este ano foram recebidos 160 alunos do ensino fundamental das comunidades de Melgaço e Portel, que participaram de uma extensa programação, incluindo oficinas; atividades físicas e esportivas como a corrida de peconha, a natação e casquinhagem e momentos culturais como o “Cinema na Floresta” e a “Noite Cultural”.

Durante o período da Olimpíada, o alojamento e a alimentação de professores e alunos são garantidos pelo MPEG e pelas Prefeituras de Portel e Melgaço, com apoio de empresas como: Indústrias Micos, Flamboyant, Mariza Alimentos, Hiléia e C.A.M.T.A. Este ano, o evento também contou com o apoio da Fundação Roberto Marinho na oficina oferecida pelo Projeto Florestabilidade.

Acompanhe a VI Olimpíada de Caxiuanã no Portal do Museu Goeldi, onde é possível conferir os diários em vídeo. Cinco vídeos reportam as Olimpíadas de 2013.

Texto: João Cunha

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