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Agência de Notícias

Território de Ciência: Caxiuanã, Amazônia, Brasil

O jornal bimestral do Museu Paraense Emílio Goeldi, Destaque Amazônia, lança edição especial para comemorar aniversário da base científica
publicado: 01/10/2013 10h30, última modificação: 15/08/2017 10h19

Agência Museu Goeldi - São 20 anos da Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), base de pesquisas do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) na Floresta Nacional de Caxiuanã. O jornal do MPEG, Destaque Amazônia, nº 65, lança edição especial neste mês de outubro, Natureza faz de Caxiuanã território do conhecimento e assim conclui série em homenagem à base, com edições em março e setembro.

Com texto de abertura assinado pelo diretor do Museu, Nilson Gabas Jr., apresenta-se balanço das espécies descobertas, estudos publicados, relatos, projetos e parcerias que desenvolvem o conhecimento. Desafios e oportunidades para a Estação também estão na pauta.

As informações são reforçadas pelo depoimento da coordenadora do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) da Amazônia Oriental, a Dr.ª Marlúcia Martins, já são 2.280 espécies identificadas e listadas a partir dos estudos desenvolvidos em Caxiuanã.

Floresta de oportunidades - Em “Território de Ciência”, o Dr. Pedro Luiz Braga Lisboa, pesquisador titular da Coordenação de Botânica do MPEG, relata conquistas e benefícios que a ECFPn trouxe à pesquisa e à região, como a contínua descoberta de novos organismos. “Plantas, animais e fungos têm sido descritos para aquela região como novos, e outros, que antes nem sequer eram registradas para o Brasil ou para a Amazônia, foram encontradas em Caxiuanã”, diz o pesquisador. A infra-estrutura completa com alta qualidade de equipamentos, alojamento, segurança e deslocamento de pessoas é um dos principais pontos positivos da base de Caxiuanã. Para saber mais sobre os benefícios de Caiuxanã para a pesquisa, ver matéria da página 3.

Projetos científicos – Projetos integrados são o fio condutor das pesquisas e visam ao monitoramento da floresta, à busca por investimentos científicos e tecnológicos, e, claro, à geração de novos conhecimentos para a compreensão dos processos climatológicos, ecológicos, biogeoquímicos e hidrológicos da Amazônia. Exemplos deles é o Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (Peld), o Tropical Ecology Assessement and Monitoring (Team), o Estudo da Seca na Floresta (Esecaflor) e o Programa de Pesquisa em Biodiversidade no Bioma Amazônia (PPBio). Leia nas páginas 4 e 5 como acontece o funcionamento desses projetos e sua importância para a Amazônia e sua gente.

Resultados – As pesquisas desenvolvidas em Caxiuanã já proporcionaram a publicação de três coletâneas: Caxiuanã (1997), Caxiuanã: Populações Tradicionais, Meio Físico e Diversidade Biológica (2002) e Caxiuanã: Desafios para a conservação de uma Floresta Nacional na Amazônia (2009). Agora em 2013, será lançado novo volume da série Caxiuanã, intitulado Caxiuanã: Paraíso ainda preservado, organizado pelo Dr. Pedro Luiz Braga Lisboa sobre a história e as características da floresta. Saiba mais nas páginas 8 e 9 um pouco das produções científicas do Museu elaboradas a partir de pesquisas feitas na Estação Cientifica em Caxiuanã.

Além da Estação – Destaque Amazônia de outubro também aborda, nas páginas 10 e 11, pesquisas junto às comunidades do entorno, em Caxiuanã. É o caso do professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Hilton Silva, que estuda as condições sanitárias e de moradia das populações de Caxiuanã. Outro exemplo de parceria interinstitucional é o monitoramente do clima feito a partir da instalação de torre dentro da baia de Caxiuanã, em estudo coordenado pelo professor da UFPA, José Henrique Cattanio, que registra dados precisos de fluxo de calor e CO2.

Destaque - Destaque Amazônia é o informativo bimestral do MPEG, elaborado pela Agência Museu Goeldi, do Serviço de Comunicação Social (SCS), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Confira a edição na estante virtual.

Texto: Alice Martins Morais