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Workshop discute índice de vulnerabilidade do Delta do Amazonas

De 12 a 13 de maio, evento discutirá formas para avaliar a fragilidade na região do Estuário e Delta do Amazonas.
publicado: 11/05/2015 12h30, última modificação: 22/02/2018 12h11
Exibir carrossel de imagens Eduardo Brondízio Floresta do mangue cercada para pesca no Dalte Amazonas.

Floresta do mangue cercada para pesca no Dalte Amazonas.

Agência Museu Goeldi - A Universidade de Indiana Bloomington (EUA) e a Universidade das Nações Unidas – Instituto do Meio Ambiente e Segurança Humana (UNU-EHS) (Alemanha), em parceria com o Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) e com a Universidade Federal do Pará (UFPA), promoverão nos próximos dias 12 e 13 de maio um workshop participativo e consultivo para debater o Índice de Vulnerabilidade Global de Deltas (GDVI), com foco especial no Estuário e Delta do Amazonas. O evento acontece no Auditório Alexandre Rodrigues, localizado no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.

Os rios ao encontrar-se com o mar, tendem a ter características diferentes, conforme o deslocamento, os resultados de sedimentação e situações de relevo. Segundo o blog Geografia Opinativa, “a foz (o lugar onde o rio desemboca no mar) pode adquirir características de estuário ouFloresta do mangue cercada para pesca no Dalte Amazonas. delta. Quando a foz do rio é em estuário, ela desemboca no mar em forma de um único canal, sem qualquer tipo de formação adicional - uma ligação direta entre rio e mar. Já na foz em delta, o que ocorre é uma ligação cheia de "veias" com o mar, onde ocorre inclusive a criação de ilhas. O Rio Amazonas é um caso exclusivo, pois a foz do rio é ao mesmo tempo estuário e delta”.

O workshop reúne especialistas dos estados do Pará e Amapá para analisar a aplicação de uma metodologia comparativa que avalie a vulnerabilidade de diferentes partes do estuário-delta do Amazonas. Os resultados deste evento no Brasil contribuirão para o desenvolvimento de Índices de Vulnerabilidade Globais para Deltas (GDVI), que podem ser testados e aplicados em outras regiões do mundo. Até agora, já foram realizadas oficinas para os deltas dos Rios Mekong (Vietnam) e Ganges-Brahmaputra-Meghna (Bangladesh), as duas outras áreas de estudo do projeto “Belmont Forum Deltas”.

O Projeto BF-DELTAS será apresentado aos especialistas nacionais como experiência em avaliação de vulnerabilidades de regiões deltaicas, durante o evento.

Metodologia – Com o propósito de servir como uma ferramenta útil de avaliação para a região amazônica, o workshop também terá a função de facilitar a colaboração entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros com o objetivo de definir novas pesquisas, disseminação das ferramentas desenvolvidas no âmbito do projeto Belmont Forum Deltas e seleção dos indicadores para caracterizar a vulnerabilidade dos sistemas sub-deltaicos com relação a possíveis desastres. Uma destas ferramentas é o Sistema de Informações Geográficas ‘Deltas-DAT’, que compreende uma base de dados georrefenciada da região do estuário-delta amazônico, incluindo 50 municípios. A ferramenta será disponibilizada para instituições regionais.

Durante o workshop, serão analisados os seguintes aspectos: mapeamento para identificação das diferentes zonas de risco, sub-regiões do delta e desastres naturais; o desenvolvimento de diagramas de impacto para desastres identificados (em escala local e nacional), que dêem suporte aos participantes para correlacionarem diferentes partes do sistema e pensarem de maneira sistemática.

Workshop - O evento faz parte do projeto “Belmont Forum Deltas: Catalisando ações para a sustentabilidade dos sistemas deltaicos comum a estrutura de modelagem integrada para a avaliação de risco”, coordenado por Eduardo Brondízio, que também coordena o workshop. Ph.D. pela Universidade do Arizona, ele tem experiência na área de Antropologia Ambiental, atua como Diretor Associado do Centro Antropológico de Pesquisa e Treinamento em Mudanças Ambientais Globais (ACT), e é Professor Adjunto da Escola de Políticas Públicas e Ciências Ambientais (SPEA), da Universidade de Indiana, Bloomington, Estados Unidos.

O projeto “Belmont Forum Deltas”, conta com a participação de agências e universidades de diferentes países e no Brasil recebe o apoio financeiro da FAPESP do estado de São Paulo. Na Amazônia, tem a colaboração do projeto “Adaptações Socioculturais dos Caboclos aos Eventos de Marés Extremas no Estuário Amazônico Brasileiro”, coordenado pela Dra. Oriana Almeida da UFPA e financiado pelo International Development Research Centre (IDRC) do Canadá, em parceria com o I “INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia”, projeto interinstitucional criado no âmbito do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), coordenado pela Dra. Ima Vieira, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, e que tem como foco o desenvolvimento de pesquisas, ações de educação e comunicação da ciência no Arco do Desmatamento.

O workshop contará com 31 participantes de universidades, institutos de pesquisas, agências estaduais e de defesa civil, além de ONGS. Os organizadores do evento são: Prof. Eduardo S. Brondízio - Universidade de Indiana (EUA), Prof. Oriana Almeira (UFPA-IDRC), Prof. Ima Vieira (MPEG), Dr. Zita Sebesvari and Fabrice Renaud (UNU-EHS), Dr. Nathan Vogt (INPE-IDRC) e MS. Andressa Mansur (Universidad de Cádiz).

Serviço

Workshop participativo e consultivo “Desenvolvimento de indicadores para o Índice de Vulnerabilidade Global de Deltas (GDVI) e para o Estuário-Delta do Amazonas”

Data: 12 e 13 de maio de 2015

Hora: 9 às 17h

Local: Auditório Alexandre Rodrigues, localizado no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, Avenida Magalhães Barata, 376.