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Agência de Notícias

Os Awaete-Assurini do Xingu no Museu Goeldi

Neste sábado (13) e domingo (14), o pajé Timei expõe e coloca à venda no Parque Zoobotânico da instituição produtos como telas, cuias e cerâmicas, adornados por belos grafismos da etnia, que foi contactada nos anos 70 e cuja língua é Awaete, do tronco Tupi. Timei, sua família Marytykwawara e parceiros desenvolvem em Belém a Agenda Awaete. A venda de produtos é uma forma de divulgar a cultura dos Assurini do Xingu e construir fundos para atividades do grupo, que inclui a construção da aldeia Janeraka.
publicado: 12/07/2019 15h05, última modificação: 12/07/2019 19h46
miniatura grafismos assurini

miniatura grafismos assurini

Agência Museu Goeldi – Os visitantes do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi terão uma oportunidade ímpar, neste sábado (13) e domingo (14), para conhecer um pouco dos produtos e da cultura da etnia Awaete-Assurini do Xingu. O pajé Timei Assurini, Carla Romano e voluntários do projeto "Agenda Awaete -Troca de Saberes e Práticas Assurini do Xingu/PA” terão um espaço especialmente instalado para eles em uma tenda ao lado do laguinho dos tambaquis, logo após o ambiente das onças pintadas.

fotolegenda grafismosTimei Assurini, da família Marytykwawara, apresenta telas, cuias e cerâmicas, enfeitadas com grafismos exuberantes, produzidos por seu povo, que reside à margem direita do Rio Xingu. Eles falam a língua Awaete da família linguística tupi-guarani e se autodenominam como Awaete.

O projeto – A "Agenda Awaete -Troca de Saberes e Práticas Assurini do Xingu/PA”, que também conta com o envolvimento da designer carioca Carla Romano, é uma iniciativa que surgiu em 2015, como um caminho para que Timei Assurini pudesse abrir diálogos mais igualitários de construção social coletiva entre indígenas e não indígenas.

As parcerias e trocas promovidas no âmbito da Agenda Awaete, buscam apoiar a resistência da etnia diante dos impactos socioambientais causados pelo contato com o não indígena na década de 70 do século XX. “De lá pra cá, o avanço das invasões de seu território homologado e demarcado e o assédio, principalmente associado a grandes empreendimentos como a construção de usinas hidrelétricas (a exemplo de Belo Monte) e mineradoras (como Vale e Belo Sun) só pioraram. Hoje, com apenas 48 anos de contato, a etnia possui 250 pessoas distribuídas em poucas aldeias”, ressaltam os Awaete. Uma série de projetos tem sido desenvolvidos pela comunidade com este intuito, como o “Janeraka – Aldeia 2 Pajés

Serviço:

Dia: sábado (13) e domingo (14).

Hora: 9h às 16h

Local: Em frente ao Lago dos Tambaquis, localizado no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi (Av. Magalhães Barata, São Brás, Belém/PA).