Agência de Notícias
Da Floresta, boas impressões
Agência Museu Goeldi, da Floresta Nacional da Amazônia - Interessados, surpresos e satisfeitos pela experiência. Assim tem sido a reação do grupo de especialistas britânicos em visita à Estação Científica Ferreira Penna do Museu Paraense Emilio Goeldi que comemora 20 anos.
Localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, a base de pesquisas já produziu mais de mil resultados de investigações desenvolvidas por brasileiros e estrangeiros em constante colaboração científica. Que o diga o Dr. Antonio Lola, da Universidade Federal do Pará que colabora com o Goeldi e com universidades do Reino Unido.
Lola é responsável pelo estudo de campo Esecaflor que reproduz na floresta períodos de seca como os causados pelo fenômeno El Niño. Foi ele o anfitrião da trilha na floresta na manhã de hoje, dia 2. O grupo de visitantes, dentre os quais, um precursor de Caxiuanã, o botânico inglês, Sir Ghillean Prance.
Em apresentação no dia de ontem, o professor Lola frisou que os estudos que medem variáveis como a pluviosidade (quantidade de chuva), por exemplo, são instrumentais para análises também em áreas desmatadas.
Meteorologista, Lola estuda o clima na Amazônia há 30 anos. Junto com ele no sítio de pesquisa, estudantes e pesquisadores brasileiros e da Universidade de Edinburgh, monitoram durante o ano a dinâmica da floresta quando a ela lhe falta água. Painéis apartam a copa das árvores do chão e fazem a observação, junto com outros instrumentos de medição possíveis.
Fã da Estação para fins de produção de conhecimento científico, o professor Lola deu depoimento ao Destaque Amazônia, na edição que saiu ontem, dia 1º e que comemora os 20 anos da Ferreira Penna.
Texto: Jimena Felipe Beltrão