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Agência de Notícias

Exposição sobre mamíferos aquáticos é aberta no Marajó

O Espaço Bicho D’Água irá difundir conhecimentos sobre baleias, botos, golfinhos e peixes-boi, além de incentivar a conservação das espécies
publicado: 29/07/2014 11h15, última modificação: 25/09/2017 14h36

Agência Museu Goeldi – Nesta terça-feira, 29 de julho, acontece em Soure, na Ilha do Marajó (PA), a inauguração do Espaço Bicho D’Água, um museu criado para a difusão de conhecimentos sobre mamíferos aquáticos da Amazônia junto aos moradores e visitantes do arquipélago. A iniciativa é do projeto Bicho D’Água, do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (GEMAM), vinculado ao Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

O Espaço Bicho D’Água conta com uma área de exposição permanente, com painéis explicativos sobre as espécies, o esqueleto e um modelo de boto-cinzento, além de uma biblioteca e uma sala de multimídia para exibição de audiovisuais sobre temas ambientais. O visitante também recebe instruções de como proceder ao encontrar um peixe-boi, baleia ou boto encalhado na praia ou preso em redes de pesca.

O projeto museográfico é do Núcleo de Museografia do Museu Goeldi, com patrocínio da Petrobras e apoio da Prefeitura de Soure.

Proteção e conservação de espécies ameaçadas de extinção – O “Projeto Bicho D’Água: Conservação Socioambiental” busca o aprimoramento técnico-científico sobre mamíferos aquáticos a partir de dois pontos de estudos no Pará: um é a Área de Proteção Ambiental de Algodoal/Maiandeua e o outro, a costa leste da Ilha do Marajó, que compreende os municípios de Soure e Salvaterra. Suas ações correspondem à elaboração de medidas para a conservação de espécies representativas da fauna do litoral amazônico: o boto cinza (Sotalia guianensis), o boto-vermelho (Inia geoffrensis) e os peixes-boi marinho e da Amazônia (Trichechus spp.)

O “Bicho D’água” foi um dos poucos projetos selecionados para a Amazônia na seleção pública de 2010 do Programa Petrobras Ambiental. Seu proponente foi a Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia (FIDESA).

Atuando em quatro áreas – Ecologia dos mamíferos aquáticos; Manejo participativo; responsabilidade socioambiental e Educação ambiental, o projeto é executado por pesquisadores do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (GEMAM), grupo de pesquisa ligado ao setor de mastozoologia do Museu Goeldi e que trabalha na pesquisa e conservação de mamíferos amazônicos desde 2006.

O GEMAM surgiu para maior obtenção de informações sobre as espécies de botos, baleias, golfinhos e peixes-boi que acontecem na costa amazônica. Sua equipe de pesquisadores monitora praias e portos pesqueiros, realiza resgates ocasionais de animais encalhados ou enredados, calcula o tamanho da população de mamíferos aquáticos e promove atividades de educação ambiental. Graças ao Bicho D’Água, o GEMAM pôde ampliar suas pesquisas na costa paraense, possibilitando o desenvolvimento de ações em parceria com as comunidades de modo a torná-las aliadas nas estratégias de conservação das espécies e do meio ambiente.

Mais informações sobre o GEMAM e o Projeto Bicho D’Água aqui.

Serviço – Inauguração do Espaço Bicho D’água – exposição sobre mamíferos aquáticos da Amazônia. Dia 29 de julho, às 17h, na sede do projeto, em Soure, na Ilha do Marajó.

Texto: Júlio Matos