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Agência de Notícias

Temas amazônicos no 6º Forum Mundial de Ciência

Museu Goeldi se fez representar pela pesquisadora Marlúcia Martins
publicado: 26/11/2013 15h15, última modificação: 22/08/2017 14h43

Agência Museu Goeldi - Em mesa que reuniu pesquisadores de diversas instituições, como o especialista em ecologia  tropical amazônica, Wolfgang Junk, e coordenada por Adalberto Val, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amaônia, a ecóloga Marlúcia Bonifácio Martins, foi a representante do Museu Paraense Emilio Goeldi no 6º Fórum Mundial da Ciência. A sessão temática paralela sobre Amazônia, Biodiversidade e Sustentabilidade, aconteceu na tarde de ontem, 25, no Rio de Janeiro onde o evento internacional que, pela primeira vez, é realizado no Brasil, segue até esta quarta-feira, dia 27.

Em sua apresentação, a Marlúcia, que é coordenadora da rede da Amazônia Oriental do Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Ministério da Ciencia, Tecnologia e Inovação, abordou os inúmeros significados dos conceitos de biodiversidade e sustentabilidade.

Segundo a apresentação da ecóloga,os aspectos social, ecológico, cultural estão entre as inúmeras abordagens que o termo acomoda. A ênfase, no entanto, esteve em como as atividades humanas podem promover a manutenção da biodiversidade a longo prazo.

Produtos da floresta – Cacau, açaí e pupunha são produtos representativos da potencialidade de desenvolvimento sustentável na região. Na visão da pesquisadora do Goeldi, Marlúcia Martins, a pesquisa científica ainda precisa aprofundar estudos, mas das plantas medicinais às fibras, passando pelos alimentos e plantas ornamentais, a Amazônia guarda um capital ainda por ser explorado. Mas para se desenvolver, a região requer: o desenvolvimento de tecnologia através do envolvimento de instituições e de financiamento por parte da indústria; derecursos humanos qualificados e melhor infra-estrutura de transporte de mercadorias de fontes extrativistas.

Algumas das experiências bem sucedidas elencadas pela Dra. Marlúcia Martins foram o programa de ecologia molecular para produção de fármacos, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, o Probem Bioamazônia; a empresa Extracta, um a parceria entre as Universidades Federais do Rio de Janeiro e Pará e a indústria farmacêutica GlaxoSmithKline, da Inglaterra; e a indústria cosmética Natura com seu trabalho junto às communidades de Comaru, no Amapá.

Os riscos do desenvolvimento sustentável na Amazônia foram outros dos tópicos explorados pela pesquisadora em sua apresentação no Fórum Mundial de Ciência. Experiências bem sucedidas de desenvolvimento sustentável entre populações indígenas da Amazônia como os Mebêngôkre Kayapó, também foram apresentadas pela pesquisadora do Museu Goeldi.

Desforestamento e Conservação – Marlúcia argumenta que apesar do baixo índice de implementação das unidades de conservação previstas, a Amazônia assistiu “a promoção do desenvolvimento sustentável sócioambiental e a redução das emissões de carbono”. A pesquisadora abordou os dados do recente relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que estabelece relação entre os níveis de desmatamento e o sistema de unidades de conservação. A pesquisadora destaca que as unidades de conservação desempenham um papel fundamental: “elas efetivamente impedem o desmatamento da Amazônia e reduzem a emissão de carbono, cumprindo assim a função de fornecer sustentabilidade ecológica para a região”, declara a pesquisadora.